Cerca de 50% das lavouras de soja em Camaquã foram afetadas pelo excesso de chuva
O assunto foi pauta do Controle Geral deste sábado (10) com a participação do extensionista rural e técnico agropecuário da Emater, André Conceição
A soja camaquense foi fortemente afetada pelo excesso de chuvas que atingiram o estado. O assunto foi pauta do Controle Geral deste sábado (10) com a participação do extensionista rural e técnico agropecuário da Emater, André Conceição.
De acordo com o extensionista rural, boa parte da cultura da região foi afetada pelas chuvas, mas a soja contabiliza os maiores danos. O arroz, por exemplo, já havia sido praticamente todo colhido quando as terras alagaram em maio. Mesmo que os números nem sempre representem o real prejuízo para os produtores, os laudos emitidos pela Emater apontam para cerca de 50% das lavouras afetadas, com média de 30% de perda.
Algumas lavouras, segundo André, foram totalmente perdidas. “Muitos laudos saíram como inviável a colheita”. Isto ocorre quando o custo da colheita se torna maior que o lucro com a comercialização.
Para o extensionista rural, “essa porcentagem é só o início do dano”. Muitos agricultores, em razão dos prejuízos, perderam a capacidade de maiores investimentos para a próxima safra. De acordo com uma estimativa do IRGA, divulgada em maio, as perdas no cultivo de soja chegam a R$ 30 milhões na região.
Prejuízos desencadeiam manifestações no RS
Os prejuízos contabilizados pelo agronegócio gaúcho desencadearam uma série de manifestações ordenadas e pacíficas por todo estado. Na quinta-feira (8), um ato reuniu mais de 300 máquinas agrícolas e mais de mil agricultores em Porto Alegre. O movimento SOS Agro RS, que se declara apartidário, reivindica por prazos maiores para pagamento de dívidas, sob risco de não conseguir investir na próxima safra.
Assista a participação completa no Controle Geral, com apresentação do jornalista Pablo Bierhals:
Texto: Pablo Bierhals