Prossegue plantio de pastagens cultivadas de inverno no RS
Locais onde ocorreu geadas, as pastagens nativas estão mais fibrosas e perdendo qualidade
A semana que passou apresentou um quadro climático com a predominância de temperaturas baixas, ocorrência de geadas e chuvas bem distribuídas na maioria dos municípios do Estado. Neste contexto, em locais onde ocorreu geadas, as áreas de pastagens nativas estão mais fibrosas, perdendo qualidade e quantidade de forragem. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, mesmo com a redução da qualidade e oferta destas forragens para os rebanhos, especialmente os bovinos de corte e ovinos, em muitas propriedades estas forrageiras nativas são a principal reserva de alimento para os rebanhos.
De maneira geral, em todas as regiões as pastagens cultivadas de inverno, principalmente aveia, azevém e trevos, foram implantadas e, em alguns municípios, estão em fase de germinação e desenvolvimento inicial. Em outros locais, onde os produtores realizam a integração lavoura-pecuária, as pastagens cultivadas de inverno, estabelecidas na resteva das lavouras de soja e milho, estão apresentando bom desenvolvimento vegetativo e uniformidade. As pastagens cultivadas perenes de inverno, como trevos e cornichão, também estão apresentando bom desenvolvimento, sendo que alguns produtores já possuem pastagens em condições de utilização no sistema de pastoreio direto.
Em muitas propriedades, os criadores já iniciaram a utilização de pastagem de inverno, principalmente pastagens de aveia, que é a espécie mais precoce cultivada no solo gaúcho. Em alguns locais, o excesso de umidade nos campos afetou o desenvolvimento das pastagens cultivadas, prejudicadas também pelo intenso pisoteio dos animais.
Culturas de Inverno
Com o retorno do sol, foi possível avançar na implantação do trigo, chegando a 35% do total projetado para esta safra, que é de 1.153.223 hectares. Regiões importantes como Santa Rosa e Ijuí já alcançam 45%. O plantio, de maneira geral, mesmo com o recente aumento, está atrasado em relação ao mesmo período do ano anterior, assim como em relação à média dos últimos anos, porém não impacta na projeção de safra até o momento. Com a perspectiva de tempo seco e ensolarado até o fim de semana, o plantio deverá ter um ritmo mais acelerado. Dos 35% do total semeado com trigo, 33% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Cerca de 95% das lavouras da safrinha de feijão já foram colhidas, surpreendendo na produtividade, que são consideradas positivas devido à tecnologia na condução das lavouras e pela condição climática favorável, à exceção de algumas áreas que tiveram problemas na floração em razão do excesso de umidade.
Citros – É grande o volume de frutas cítricas colhidas no Vale do Caí, principal região produtora. Entre as bergamotas estão em colheita as variedades Caí, do grupo das comuns, e a Ponkan, fruta cultivada em todo o Brasil. Entre as laranjas em colheita estão as variedades Céu Gaúcha, fruta sem acidez, Umbigo Bahia, fruta de mesa, e a Seleta e a Shamouti, de duplo propósito, tanto para elaboração de sucos como para o consumo ao natural. A situação da colheita é de normalidade.
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Em relação aos preços recebidos pelos citricultores, houve redução para as bergamotas, estabilidade no preço das laranjas Céu Gaúcha e Bahia, redução para a Seleta e Shamouti e elevação do preço da lima ácida Tahiti (limão da caipirinha). A redução no preço das bergamotas deve-se ao aumento da oferta e à importação de outros estados de bergamota Ponkan.
Pinhão – Restam apenas algumas poucas e dispersas plantas da variedade tardia, popularmente denominada de “Macaco”, e está praticamente encerrada a colheita da atual safra do pinhão, caracterizada por uma produtividade um pouco maior do que a anterior, porém ainda considerada baixa. As sementes são de ótima qualidade, caracterizada pela sanidade, maturação e firmeza das sementes (pinhões). Em diversos pinheirais, grande parte dessas sementes foram primeiramente ‘coletadas’ por pássaros, consumidores tradicionais, como Caturritas, Papagaios e Tucanos, além de outros animais típicos de matos de pinheiros, como os roedores.