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23 de maio de 2025
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Produtores gaúchos intensificam despesca para atender demanda da Semana Santa  

Segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (17), produtores de diversas regiões se mobilizaram para atender à demanda do feriado religioso


Por Pablo Bierhals Publicado 17/04/2025
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Foto: Divulgação/Emater

A proximidade da Sexta-Feira Santa intensificou as atividades da piscicultura e da pesca artesanal no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões atendidas pela Emater/RS-Ascar. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (17), produtores de diversas regiões se mobilizaram para atender à demanda do feriado religioso, ao mesmo tempo em que as culturas de soja e milho avançam nas lavouras, favorecidas pelas chuvas recentes.

Piscicultura intensificada para Semana Santa

Na região de Ijuí, os piscicultores intensificaram a despesca, ajustando a alimentação dos peixes para facilitar a depuração e garantir a qualidade do pescado. A comercialização já ocorre em mercados locais e por meio de entregas domiciliares. A expectativa estadual é alta: estima-se que mais de 2,5 mil toneladas de pescado sejam comercializadas durante o período, movimentando cerca de R$ 62,1 milhões.

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Em Erechim, a queda de temperatura e a diminuição do fotoperíodo exigiram adaptações no manejo alimentar dos peixes, com atenção especial à qualidade da água. Os produtores também se organizaram para atender à procura nas feiras locais. Já em Frederico Westphalen, o manejo seguiu focado na alimentação e na adubação dos viveiros, conforme as exigências das espécies em policultivo.

A região de Passo Fundo apresentou estabilidade, com tanques em boas condições e sistemas ainda em recuperação dos efeitos da estiagem. A oferta de ração se manteve estável. Em Porto Alegre, os produtores estão preparados para as feiras da Semana Santa, principal período de vendas do setor na capital.

Pesca artesanal em ritmo acelerado

Na região de Pelotas, os cenários variam conforme o local de pesca. A safra do camarão na Lagoa dos Patos segue com baixa produtividade, mas a pesca de tainha e traíra apresenta bons volumes. Os pescadores locais se anteciparam à alta demanda da Semana Santa, armazenando peixe e derivados.

Na Lagoa Mirim, a safra é considerada positiva, apesar do nível baixo das águas. A principal preocupação gira em torno dos preços que serão pagos pelo pescado após o feriado. Já em Rio Grande, a movimentação é intensa, impulsionada pela Festimar, que atrai consumidores com pratos tradicionais, como a anchova assada.

Na Lagoa do Peixe, todos os lagamares estão liberados, favorecendo a pesca do camarão. Entretanto, na região de Santa Rosa, a baixa produtividade da pesca artesanal no Rio Uruguai compromete o atendimento à crescente demanda por peixe na Semana Santa.

Colheita da soja avança com apoio da umidade

As chuvas do início da semana interromperam temporariamente a colheita da soja, mas a operação foi retomada nas regiões com menor umidade. No Sul do Estado, os volumes elevados de chuva impediram o avanço, enquanto na Metade Oeste, lavouras em áreas planas ainda aguardam melhores condições. No Norte e Centro, a colheita já atinge 60%.

O uso de dessecantes químicos favoreceu a uniformização da maturação, e as lavouras que ainda estão em fases de enchimento (5%) e maturação (35%) foram beneficiadas pelas precipitações. Apesar do avanço da colheita, há relatos de perdas, embora áreas mais atrasadas mantenham bom potencial produtivo. Lavouras tardias continuam recebendo aplicações de fungicidas.

Milho mantém boas expectativas de produtividade

A colheita do milho chegou a 88% da área cultivada, com pouco avanço na semana devido às chuvas. No entanto, as precipitações beneficiaram os cultivos ainda em desenvolvimento: 8% estão em maturação, 3% em enchimento de grãos e 1% em floração.

Na região de Santa Rosa, a produtividade surpreendeu produtores, alcançando média regional de 7.696 kg/ha, mesmo com os impactos da estiagem nas lavouras de sequeiro. O milho safrinha segue em bom desenvolvimento, com expectativa positiva para a produção, especialmente voltada à silagem para a alimentação do rebanho bovino leiteiro.

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