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13 de maio de 2025
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Presidente da Afubra destaca importância do tabaco para a economia regional durante encontro em Camaquã

O evento, voltado para associados da microrregião, tem como principal objetivo estreitar laços com os produtores de tabaco


Por Pablo Bierhals Publicado 07/05/2025
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Foto: Karen Sampaio/Clic Camaquã. Encontro da Afubra com produtores da região de Camaquã.

Na manhã desta quarta-feira (7), o presidente da Associação de Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Drescher, participou de um encontro com produtores de tabaco no CTG Camaquã. O evento, voltado para associados da microrregião, destacou os desafios do setor e reforçou a relevância da produção de tabaco para a economia local e nacional.

Aproximação com os produtores rurais

Segundo Drescher, o principal objetivo das reuniões itinerantes da Afubra é estreitar laços com os produtores. “A gente precisa estar perto de quem faz a diferença no campo. Mesmo com milhares de associados, buscamos alcançar as regiões com maior produção”, afirmou em entrevista ao Clic Camaquã.

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Drescher explicou que o roteiro da associação teve início pelo Rio Grande do Sul, justamente por concentrar algumas das regiões mais produtivas do país. Além de Camaquã, áreas como Canguçu e São Lourenço do Sul também integram esse esforço de aproximação.

Relevância de Camaquã no cenário do tabaco

Camaquã, segundo o presidente, representa uma fatia expressiva na produção nacional de tabaco. Ao somar a produção local com a de Canguçu, a região responde por cerca de 14% da produção dos três estados do Sul do Brasil. A microrregião Camaquã, sozinha, representa entre 7% e 8%.

“Essas são áreas onde milhares de pequenos agricultores tiram do tabaco seu principal sustento”, ressaltou Drescher.

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Fonte: Afubra

Na safra 2023/24, a microrregião de Camaquã contou com a participação de 9.366 famílias produtoras de tabaco, distribuídas em 15 municípios. Ao todo, foram plantados 20.702 hectares, resultando em uma produção de 36.084 toneladas do produto. Já na safra seguinte, de 2024/25, os números aumentaram: 9.793 famílias cultivaram tabaco, em uma área total de 23.132 hectares.

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Fonte: Afubra

A produção de tabaco na região Sul do Brasil apresentou crescimento expressivo entre as safras 2023/24 e 2024/25. O número de famílias produtoras subiu de 133.265 para 138.020, um aumento de 3,57%. Já a área plantada passou de 284.184 para 309.982 hectares, representando um avanço de 9,08%. A produtividade teve um salto significativo, com estimativa de 2.247 kg por hectare na safra 2024/25, um crescimento de 25,67%. Com isso, a produção total também aumentou de forma relevante, passando de 508.041 para 696.435 toneladas, o que equivale a uma alta de 37,08%.

Preço do tabaco segue sendo pauta recorrente

A cada safra, a discussão em torno da justiça no valor pago ao produtor retorna à pauta.

De acordo com Drescher, a Afubra colabora com outras entidades para calcular o custo de produção e estabelecer uma tabela mínima de preços. No entanto, ele reconhece que nem sempre há consenso. “Algumas empresas continuam operando com valores defasados, o que compromete a renda dos agricultores”, alertou.

Ele também destacou que, embora em 2024 a maioria das empresas tenha reconhecido os custos reais de produção, o mercado ainda rege os preços pagos. “Se a oferta for maior que a demanda, o produtor sente no bolso. Por isso, muitas vezes, plantar menos significa ganhar mais”, orientou.

COP 11 e o posicionamento da Afubra

Drescher também comentou sobre a Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 11), marcada para acontecer em novembro, na Suíça. Apesar da importância do evento, a Afubra e outras entidades ligadas ao setor não têm direito de participação efetiva nas discussões.

“É uma pauta unilateral. Defendemos o direito de sermos ouvidos, pois o produtor precisa ser respeitado”, afirmou. Segundo ele, representantes da cadeia produtiva, incluindo o vice-presidente da Afubra, participarão de uma reunião com o embaixador brasileiro em Genebra nesta semana. A intenção é antecipar o debate e garantir que o Brasil não adote medidas prejudiciais ao setor.

Encontro fortalece diálogo e aprendizado mútuo

Por fim, Drescher agradeceu a participação dos produtores e reforçou o papel da Afubra. “Além de levar informações, também aprendemos muito nesses encontros. Estar com o produtor é fundamental para compreender melhor a realidade do campo”, concluiu na entrevista.

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Assista o vídeo completo da entrevista com Marcílio Drescher:

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