Prefeitos se reúnem em Brasília para defender cadeia produtiva do tabaco
Intenção é dialogar com Ministros sobre a importância econômica do cultivo do tabaco
Prefeitos da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (AMPROTABACO) se reúnem na próxima semana em Brasília para apresentar demandas do setor e discutir assuntos relacionados à cadeia produtiva do tabaco. A comitiva será formada por prefeitos associados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Além disso, participam do encontro a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), e a Senadora Ana Amélia Lemos.
De acordo com o presidente da AMPROTABACO, prefeito Telmo Kirst, a intenção é dialogar com Ministros sobre a importância econômica do cultivo do tabaco. Segundo os prefeitos, as ações promovidas pelo governo podem afetar a economia dos municípios. “A nossa intenção é exigir mais atenção de Brasília e dos Governos dos nossos estados na defesa da cadeia produtiva do tabaco. A nossa bandeira não é partidária, nem tem cores. A nossa bandeira representa a defesa da economia dos nossos municípios e do emprego da nossa gente no campo e na cidade.”, afirmou.
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As reuniões acontecem entre os dias 25 e 27 de fevereiro, em diversos órgãos, incluindo o Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Agricultura, Câmara Setorial do Tabaco, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Superior Tribunal Federal e Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro – CONICQ. Um dos principais temas que serão tratados se refere à 6ª Conferência das Partes (COP6), da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), que será realizada em Moscou, no mês de outubro. A expectativa é de que a posição brasileira não venha prejudicar a cadeia produtiva do tabaco e, por consequência, os 640 municípios produtores.
Segundo Telmo Kirst, outra prioridade é apresentar uma solução para o enquadramento do diarista rural, que trabalha para o agricultor familiar, sugerindo uma análise para as categorias, procurando condições preventivas na norma vigente. Os prefeitos também devem se reunir com a ministra do Superior Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, relatora da ADI 4.874 que trata sobre a RDC 14/2012, da ANVISA, relativos à proibição do uso de ingredientes na fabricação de cigarros.
TABACO EM NÚMEROS – O Brasil é o maior exportador de tabaco em folha no mundo desde 1993. Em 2013, foram 627 mil toneladas embarcadas e US$ 3,27 bilhões de divisas. No ranking mundial de produção de tabaco, o país fica atrás somente da China. Na última safra, foram produzidas 706 mil toneladas e gerados R$ 5,3 bilhões de remuneração aos 160 mil produtores integrados. Considerado um dos pilares da economia do Sul do Brasil, a tradição cultivada por milhares de famílias agrícolas, oportuniza renda e empregos diretos e indiretos em 640 municípios. Apesar de utilizar, em média, apenas 16,5% da propriedade para o plantio do tabaco, o produto é responsável por 56% da renda do produtor.