Índice de vacinação contra aftosa no Rio Grande do Sul é o maior desde 2004
Investimentos na defesa agropecuária, o trabalho em conjunto com sindicatos rurais e prefeituras e a conscientização dos produtores foram apontados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) como os principais fatores levaram aos quase 98% de cobertura vacinal na segunda etapa da campanha contra a febre a aftosa no Rio Grande do Sul. Desde 2004, o Estado não atingia índices tão altos, conforme levantamento elaborado pela Pasta.
Naquele mesmo ano, no entanto, enquanto na segunda etapa os números chegaram a quase 100% de cobertura, na primeira de 2005 reduziram 20 pontos percentuais, chegando a 79,92%. Para o secretário adjunto da Agricultura, Claudio Fioreze, o atual índice tem explicação.
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“Estamos investindo R$ 60 milhões na retomada da defesa agropecuária gaúcha, reformando as 248 Inspetorias de Defesa Agropecuária e fazendo concurso público para chamar mais 130 fiscais agropecuários. Além disso, temos forte parceria com os sindicatos rurais, prefeituras e os próprios produtores, os mais beneficiados. Juntos, conseguimos manter o status sanitário livre de aftosa e acender a mercados que pagam mais pelo nosso produto, que já é de qualidade”.
Pensamento semelhante tem o presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito, José Weber. À frente de um dos mais importantes sindicatos do Estado, ele credita os índices também à conscientização dos produtores. Preocupados com a sanidade de seus rebanhos, eles têm se dado conta de que a importância da vacinação. “Vai muito além de simplesmente aplicar uma injeção no animal. Traz ganhos para quem exporta e, principalmente, afasta a doença (febre aftosa)”, afirmou Weber.
No País, na primeira etapa realizada este ano, a média de cobertura ficou em 97,32%. O Rio Grande do Sul figura entre os dez Estados com maiores índices. Os resultados da segunda etapa ainda não foram concluídos pelo Ministério da Agricultura, pois muitos estados ainda não enviaram relatórios.
Investimento
Na primeira fase, concluída em maio, a vacinação obteve 97,7% de cobertura de um total de pelo menos 14 milhões de animais, de todas as idades, superando a meta de 90%. O governo gaúcho, por meio da Secretaria da Agricultura, investiu R$ 11 milhões na compra de oito milhões de doses entre as duas etapas. Elas são distribuídas gratuitamente a produtores que se enquadram nos critérios do Pronaf e da Agricultura Familiar e têm até cem animais por propriedade.
Mesmo se comprou ou retirou de graça, o produtor deve comunicar também a quantidade de animais que vacinou. O não recebimento das informações por parte da inspetoria pode fazer com que o rebanho apareça no sistema como não vacinado, estando sujeito a notificações e autuações.