Hospital Filantrópicos estão a beira do colapso financeiro, aponta estudo
Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos apontou subfinanciamento do SUS e demanda reprimida de outras situações fora da Covid-19
As instituições hospitalares filantrópicas de todo o Brasil estão a beira de um colapso financeiro. É o que indica a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, que realizou videoconferência para tratar sobre o tema.
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A videoconferência reuniu representantes da Federação do Rio Grande do Sul, hospitais do Conselho Consultivo, consultores do Instituto Fiscal Independente – IFI – do Senado Federal e da Consultoria Legislativa, além das assessorias do senador Luís Carlos Heinze.
A CMB apresentou estudo sobre o déficit financeiro dos hospitais, ocasionado pelo subfinanciamento do SUS, bem como sobre o impacto dos custos das atividades meio, diante das receitas registradas pelas entidades nos anos de 2019 e 2020.
Dez hospitais contribuíram com o levantamento: as Santas Casas de Itapeva e Marília (SP); Passos (MG); Vitória (ES); Curitiba (PR); Porto Alegre (RS); Campo Grande (MS); Maceió (AL), Bahia e Itabuna, também no estado baiano.
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A apresentação teve como objetivo atender a um pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que os consultores validassem os números apresentados pela CMB, no intuito de reforçar a importância da aprovação do projeto do senador Luís Carlos Heinze, que dispõe sobre a prestação de auxílio financeiro às instituições filantrópicas de saúde, que participam de forma complementar do SUS, no exercício de 2021, com o objetivo de permitir-lhes atuar de forma coordenada no combate à pandemia da Covid-19.
Entre os dados expostos, estão os custos das áreas meio (de apoio e administrativas) sobre a receita SUS, além do resultado econômico dos atendimentos a paciente do SUS, em 2019 e 2020. No ano passado, as instituições tiveram déficit médio de R$ 16 milhões.
“As informações nos permitem uma visão praticamente nacional de como os números se comportam. A situação de déficit mostra a importância do projeto que permita recursos extraordinários para que os hospitais se mantenham minimamente neste semestre e também do que vem por aí, com as sequelas da doença e a demanda reprimida de outras situações fora da Covid”, falou o diretor geral da CMB, Mário César Homsi Bernardes.
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“Em nome do presidente Mirocles Véras, agradecemos a todos das equipes técnicas do Senado, à assessoria do Senador Heinze e às dez Santas Casas por participarem desse levantamento. Isso mostra o nível de gestão dessas entidades e a preocupação delas para continuarem atuando”, completou.
Situação do Hospital de Camaquã
O programa Controle Geral deste sábado, 22 de maio, abriu espaço para detalhar a crise financeira vivida no Hospital Nossa Senhora Aparecida, que atende Camaquã e todos os municípios da região. O apresentador Alvorino Osvaldt recebeu membros da direção da Fundação Assistencial e Beneficente de Camaquã, que falaram sobre a defasagem no ajuste dos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS), no aumento do preço dos medicamentos em virtude da pandemia e na gestão dos recursos do Hospital.
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Estiveram no estúdio da ClicRádio o diretor presidente José Almiro Chagas de Alencastro; o diretor de Controladoria, Cléber Nilson Barcellos Dornelles e o diretor financeira, Célio Belmiro Laux Affeldt. Assista a entrevista completa:
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