“Ele queria matar o máximo possível de pessoas”, afirma delegado sobre chacina em creche de SC
Delegado afirmou que assassino agiu sozinho e consciente do que fez o tempo todo
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, 14 de maio, a Polícia Civil de Santa Catarina informou a conclusão do inquérito sobre atentado que teve como alvo uma creche no município de Saudades, no Oeste do Estado, ocorrido o dia 4 de maio. O ataque tirou a vida de três crianças e duas professoras da Escola Pró-Infância Aquarela, tendo o suspeito sido preso e posteriormente, confessado o crime.
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A conclusão das investigações apontaram que Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, agiu sozinho e consciente de seus atos durante o andamento do brutal crime que chocou o Brasil. Ele planejou o ataque e com o uso de uma espada ninja, tirou a vida de Sarah Luiza Mahle Sehn, 1 ano e 7 meses, Anna Bela Fernandes de Barros, 1 ano e 8 meses, Murilo Massing, 1 ano e 9 meses, Mirla Amanda Renner Costa, de 20 anos, e Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos.
A coletiva foi realizada na Delegacia Regional de Chapecó, com a presença da Delegacia Geral e dos Delegados de Polícia da Região, além do Instituto Geral de Perícias (IGP). Assista:
O autor do crime, que está preso, foi indiciado por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio qualificada. O inquérito segue agora para o Judiciário e o Ministério Público de Santa Catarina.
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O Delegado Geral Paulo Koerich destacou a interlocução com as agências de inteligência de Santa Catarina, do Brasil e internacionais, além das forças de segurança estaduais, federais e internacionais. Uma delas foi a Homeland Security Investigations (ICE-HSI) na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. O Delegado Geral citou ainda que na investigação outras situações suspeitas foram identificadas e repassadas a outros Estados para evitar novos crimes.
De acordo com o Delegado Jerônimo Maçal, responsável pelo inquérito, o homem preso agiu para matar o máximo número de pessoas na creche. “Ele agiu sozinho e consciente do que fez o tempo todo e planejou o crime desde o ano passado”, pontuou o Delegado Jerônimo.
Sobre a motivação do crime, o Delegado Jerônimo reafirmou que o autor era uma pessoa bastante isolada, com um nível muito alto de isolamento e nos últimos tempos foi se isolando cada vez mais.
“Ele também entrou em um mundo que começou a ter contato com muito material violento, ideias violentas e começou a alimentar ódio ao ponto de ele resolver descarregar tudo isso em alguém”.
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A entrevista contou com a participação, além do Delegado Geral, do Delegado Geral Adjunto, Fernando Callfass; do diretor de Polícia de Fronteira, Carlos Augusto Morbini; do Delegado regional de Chapecó, Ricardo Casagrande; do Delegado de Polícia de Pinhalzinho responsável pelas investigações, Jerônimo Marçal e do gerente do IGP, Jean Osnildo dos Santos.
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