Polícia resgata cães que comiam outros cães por fome
Os animais foram encontrados em local sem higiene e em estado grave de fome; homem de 61 anos foi preso em Canoas
Nesta quinta-feira (29/04), a Polícia Civil resgatou 20 cães em situação de maus-tratos em Canoas. A ação ocorreu em cumprimento a mandado de busca e apreensão, com o apoio da Secretaria Extraordinária dos Direitos dos Animais – SEDA e das Secretarias de Saúde e Cidadania de Canoas.
Os animais foram encontrados em local sem higiene e em estado grave de fome. De acordo com o jornalista Humberto Trezzi, do portal GZH, os cães comiam outros cães ainda vivos por fome.
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“Assisti hoje a uma das cenas mais horríveis a que já fui submetido. Um vídeo mostra cães devorando, vivos, outros cães. Não é numa aldeia, não é no deserto, o cenário é no bairro Mathias Velho, em Canoas, na Região Metropolitana. As imagens foram mandadas à Polícia Civil, que desencadeou uma operação de resgate dos animais”, disse o colunista da GZH.
O morador (61 anos), que apresenta histórico de transtorno de acumulação compulsiva, foi preso em flagrante. A ação faz parte da Operação Arca, que já resgatou mais de 200 animais desde janeiro de 2019.
A Lei 14.064, que aumenta a pena para quem maltratar cães e gatos, foi sancionada pela Presidência da República em outubro de 2020. Assim, a prática de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação dos bichos de estimação será punida com reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda.
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A norma altera a Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 2018) e é originária do Projeto de Lei (PL) 1.095/2019, do deputado Fred Costa (Patriota-MG). Antes, a pena era de detenção de três meses a um ano, mais multa, dentro do item que abrange todos os animais. Ou seja, é aplicada contra quem machuca animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Há agravante de um sexto a um terço da pena se o crime causar a morte do animal.