“O atendimento mais emocionante da minha vida”, relata defensora pública que auxiliou deficiente auditiva
Defensora pública Polliana de Araújo Rocha teve auxílio de um intérprete de Libras para atender demanda de uma pessoa com deficiência auditiva
A frase, que simboliza um misto de emoção, realização e dever cumprido, entre tantos outros sentimentos, é da defensora pública Polliana de Araújo Rocha, após sessão realizada na tarde de sexta-feira (9), com uma assistida deficiente auditiva, em São Francisco de Assis, na região central do estado.
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A distância física imposta pela pandemia de covid-19 e as limitações da mulher que procurou a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) não foram obstáculos para que a demanda fosse atendida. O resulto positivo é consequência de um projeto da DPE/RS que possibilita o auxílio de um intérprete de Libras em casos como esse.
“Garantir o efetivo acesso à Justiça para as pessoas com deficiência, buscando remover todas as barreiras possíveis ao seu pleno exercício, é missão da Defensoria Pública enquanto instituição. Para além da garantia desse direito, oferecer um atendimento inclusivo à pessoa com deficiência auditiva, com o apoio de intérprete de Libras, possibilitou o acolhimento empático e humano da sua história de vida”, observou Polliana.
Em sua rede social, a defensora comentou: “a Defensoria Pública me encanta a cada dia. Em todos os momentos reafirmo a certeza de que não teria outro lugar ou instituição para fazer parte, que não esta”.
De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15 – Art.79), o poder público deve assegurar o acesso da pessoa com deficiência à Justiça, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos, adaptações e recursos de tecnologia assistida.
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Na Defensoria Pública do Estado do RS, a Subdefensora Pública-Geral para Assuntos Administrativos, Melissa Torres Silveira, explica como funciona o processo.
“Sempre é possível contratar um intérprete de Libras para o atendimento individual do assistido. Para isso, basta enviar um e-mail para a Subdefensoria Administrativa informando a necessidade dessa contratação. O setor entra em contato imediatamente com uma rede de intérpretes ou com instituições que realizam esse tipo de trabalho, como é o caso da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), e firma o contrato. Com isso, o defensor apenas marca um novo agendamento com o assistido e nesse retorno já haverá um intérprete à disposição”, destacou.