Presidente do Sindilojas afirma que foi contra a decisão de lockdown em Camaquã
Otávio Morais participou do Controle Geral e afirmou que foi contra o lockdown em Camaquã, em concordância com a posição da Fecomércio
O presidente do Sindilojas Costa Doce, participou do programa Controle Geral, deste sábado (06). Desde a noite de sexta-feira (05), a Prefeitura Municipal, secretarias e entidades representativas de Camaquã, se reúnem para juntos decidir o que é melhor para a cidade neste momento difícil da pandemia do Covid-19.
Na manhã de hoje (06) foi divulgado, com exclusividade na ClicRádio pelo prefeito Ivo de Lima Ferreira, que Camaquã fará lockdown na próxima semana. O presidente do Sindilojas, afirmou que votou contra o lockdown em Camaquã, em concordância a posição da Fecomércio RS. “Iremos cumprir a lei, mas o posicionamento do Sindilojas Costa Doce e o posicionamento da Fecomércio é contrário a lockdown. Nós queremos é trabalhar e é isso que nós precisamos”, disse.
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Otávio salientou alguns dados do COREDE Centro Sul, que tem 17 municípios e dentro desse número, são 39 mil empregos somente no varejo. Isso representa, 20% de emprego total no varejo. Em Camaquã, são 12 mil empregos no total do varejo. O comércio camaquense representa 26%, tendo o total 3.135 mil colaboradores dos serviços não-essenciais.
“Essas pessoas estão dependentes de um distanciamento controlado. Esses trabalhadores estão dependentes de uma sensibilidade do Governo do Estado, de rever os protocolos de distanciamento controlado. Essas pessoas dependem e, sempre dependeram desde o ano passado, dos seus empregos”, salienta.
O presidente ressaltou ainda que o Governo Estadual não deu nenhuma contrapartida para os trabalhadores. “Ele mandou a gente fechar semana passada e não juntou a CEEE a Corsan e disse ‘olha, nós precisamos rever quem tem suas contas no CNPJ, que seja empresarial, com suspensão da cobrança’, não tiraram as multas, estamos com IPVA, que precisa ser pago… Eu não posso receber meu carnê, mas eu posso receber intimação do cartório”, disse.
Na sexta-feira (05), o governador Eduardo Leite, prorrogou a bandeira preta no Rio Grande do Sul para mais 15 dias. Otávio comentou que “quando a gente pensa que no entendimento o governador que seria de sete dias e ele prorroga para dia 21 de março, ele simplesmente prorrogou para o dia 21 sem nenhuma dessas medidas. Isso é extremamente injusto, apoiar algo neste sentido”, disse.
Assista a entrevista completa (a partir de 2h30min):