Ações Petrobras: Dólar fecha em alta após Bolsonaro anunciar troca no comando da Petrobras
A cotação do dólar subiu 1,27% em relação a sexta-feira e a moeda americana fechou o dia valendo R$ 5,45
Nesta semana, a troca de comando na Petrobras ajudou a mexer com o valor do dólar. A cotação do dólar subiu 1,27% em relação a sexta-feira e a moeda americana fechou o dia valendo R$ 5,45.
Conforme informações divulgadas pela CNN Brasil, o Banco Central precisou atuar para conter o aumento do dólar. Enquanto isso, os papéis da estatal petrolífera chegaram a desvalorizar 20% no início da semana. A queda acontece após o presidente Jair Bolsonaro ter indicado o general Joaquim Silva e Luna para substituir o atual presidente da empresa, Roberto Castello Branco.
De acordo com os analistas de mercado, o dólar deve fechar em alta hoje e as instabilidades devem continuar até amanhã também. O valor está oscilando muito e o máximo chegou a R$5,50. Mas já teve uma leve queda, pois no momento ele está operando em alta neste momento de 1,37% aproximadamente. O maior crescimento que ele chegou hoje foi de 2,5%.
Por aqui, as atenções dos investidores se voltaram para a mudança no comando da Petrobras e temores de intervenção do governo federal na política de preços de combustíveis. Na noite de sexta-feira, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor da Itaipu Binacional, para a presidência da Petrobras, no lugar de Roberto Castello Branco, gerando muitas críticas. Para que a troca na presidência da Petrobras seja concretizada, a indicação ainda precisa do aval do Conselho de Administração da Petrobras, que tem reunião prevista para esta terça-feira (23).
No sábado, Bolsonaro disse que precisa “trocar as peças que porventura não estejam funcionando”. E que, “na semana que vem, teremos mais”, sem dar mais detalhes. Bolsonaro também disse no sábado que vai “meter o dedo na energia elétrica”, e que, “se a imprensa está preocupada com a troca de ontem, na semana que vem teremos mais”, destaca a Reuters.
As preocupações com interferências na política de preços da Petrobras e na gestão de estatais impactam o mercado de câmbio na medida em que intensificam as incertezas sobre a situação fiscal do país, o que afeta também a confiança de investidores estrangeiros em relação ao Brasil e, por consequência, a entrada de dólares.