Sistema de Saúde pode enfrentar colapso nos próximos dias
Governo do RS alerta que hospitais da Região Metropolitana podem entrar em colapso nesta semana
O governador Eduardo Leite participou de uma reunião nesta segunda-feira (22) com a Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul) para discutir a situação do avanço da pandemia do coronavírus em todo o Estado. O mapa preliminar do distanciamento controlado aponta que 11 regiões estão sob a bandeira preta.
No final da tarde, o governador realizou transmissão para falar sobre as principais decisões quanto ao Distanciamento Controlado e ao combate à Covid-19 no Rio Grande do Sul. Assista:
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Durante o encontro com prefeitos e associações, Leite apontou que o colapso na saúde da Região Metropolitana deve acontecer em, no máximo, sete dias. A situação mais grave acontece na região dos Vales, onde o colapso pode ocorrer até sexta-feira.
“Chegamos pela primeira vez a 86% de ocupação dos leitos de UTI”, destacou Leite.
Na pauta da reunião estavam a volta às aulas e mais flexibilizações para frear o avanço da pandemia. “Momento crítico que estamos vivendo e precisamos da colaboração de todos”, afirmou o governador.
Dados desta segunda-feira (22) de manhã indicam uma lotação de 85% dos leitos de UTI Adulto no Estado, com 1.089 pacientes confirmados no setor e outros 217 com a suspeita ou outro agravo respiratório, além de 985 por outras causas. Outras 2,6 mil pessoas seguem internadas por Covid-19 (confirmada ou suspeita) ou outros problemas respiratórios fora de UTI.
Novos leitos
Num esforço para abrir novos leitos de UTI para pacientes Covid no Estado, a Secretaria da Saúde entregou, no final de semana, respiradores, monitores e camas para três hospitais gaúchos. O material entregue servirá para equipar e permitir a abertura de 35 novos leitos em Canoas, Sapucaia do Sul e Tramandaí. Com esse reforço, o número de leitos abertos pelo RS passa para 1.141.
“A abertura destes leitos nesse momento, que é o mais crítico da pandemia, é uma ação importante para atender a população, mas é fundamental que as pessoas mantenham os cuidados, pois a capacidade hospitalar está no limite”, alertou a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Wasem Fagundes.
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“Passamos todo o final de semana fazendo contatos com hospitais para verificar a possibilidade de ampliar a rede. Outros leitos devem ser abertos durante a semana, mas é necessário que a população se proteja, porque o vírus é letal”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
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