“Só Deus me tira daqui! Não existe nada de concreto contra mim”, diz Bolsonaro sobre impeachment
Presidente falou sobre ajuda emergencial à Manaus, pedidos de impeachment e ataques de João Dória
No final da tarde desta sexta-feira, 15 de janeiro, o presidente Jair Messias Bolsonaro concedeu entrevista para falar sobre a situação de Manaus e os ataques dos seus opositores nos últimos dias. No Brasil Urgente, apresentado pelo jornalista José Luiz Datena, o presidente demonstrou tranquilidade quanto aos pedidos de impeachment encaminhados à Câmara:
“Só Deus me tira daqui, Datena. Não existe nada de concreto contra mim”, afirmou Bolsonaro. Segundo ele, os pedidos são manobras dos opositores para o enfraquecer politicamente.
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O presidente também falou sobre rumores de uma possível demissão de Eduardo Pazuello, ministro da Saúde: “Pazuello é um tremendo administrador. Trabalha 20 horas por dia. Esteve na segunda-feira em Manaus e levantou tudo, praticamente assumiu o comando, o negócio estava abandonado. Duvido que alguém faça melhor”, disse o presidente.
Um dos principais destaques foi a fala em relação ao governador de São Paulo, João Dória, que concedeu coletiva de imprensa e chamou o presidente de “facínora”: “Ele fechou São Paulo e foi para Miami! Ele se perdeu completamente por ambição. Essa passagem por São Paulo é o último capítulo da vida política dele (…). Calcinha apertada… seja homem! É duro mexer com quem tem um comportamento como ele. Nada contra a opção, mas é duro trabalhar com quem tem esse tipo de opção. Medíocre. Ele não sai na rua. Se sair vai ser linchado”, exclamou Bolsonaro.
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Quanto à situação de Manaus, o presidente falou sobre a situação e destacou que foi impedido de interferir nas decisões ocorrida em cada Estado pelo Supremo Tribunal Federal (STF):
“É hora de nos unirmos pelo bem e para o bem. Tem pessoas morrendo em Manaus por asfixia! Em abril, o STF decidiu que o presidente não poderia interferir em estados e municípios sobre ações da covid-19. Ponto final! O que nós fizemos ao longo desse tempo todo? Ajudamos com recursos. E muitos (…)! Estamos fazendo todo o possível em Manaus apesar de o STF ter me proibido. Isso é um discursinho de um governador que durante a pandemia aumentou assustadoramente o ICMS de tudo. Não tem moral para falar de ninguém! Não quero entrar em polêmica, mas esse cara se elegeu com meu nome. Não deu dois meses e começou a me atacar de olho na cadeira presidencial. Ele que cuide da vida dele em São Paulo que eu cuido do Brasil. Se não tem o que fazer, não nos atrapalhe”, disse o presidente.
Bolsonaro também falou sobre as ações emergênciais que serão tomadas no Amazonas:
“Um avião já pousou [em Manaus], vamos construir um hospital de campanha em tempo recorde. Já que o Doria quer falar… ele diminuiu o número de leitos de UTI para covid-19 em São Paulo. Em consequência, com o mesmo número de infectados, os hospitais que sobraram dobraram as internações. Estamos mexendo com vidas humanas! São Paulo é um dos estados que tem mais infectados. Ele tem coragem moral? Esse pilantra aí não é homem! Eu não posso interferir nas medidas contra covid-19, estou cometendo um crime por ajudar Manaus! Se esse moleque que governa São Paulo tem coragem moral, critica o STF! Estou desobedecendo o Supremo! Estou interferindo.”
Assista a entrevista: