Abinjuv planeja oferecer cursos profissionalizantes para famílias em situação de vulnerabilidade

Em parceria com o Senac, cursos serão oferecidos aos familiares das crianças atendidas pela Abinjuv

Por Redação/Clic Camaquã Publicado 14/10/2020

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Na manhã desta quarta-feira, 14 de outubro, o programa Bom Dia Camaquã recebeu Giovani Barbosa, presidente da Associação Beneficente em Prol da Infância da Juventude (Abinjuv). No estúdio da ClicRádio, Barbosa falou sobre a atuação da Abinjuv durante a pandemia de Covid-19 e sobre as formas de ajuda necessárias para que se mantenha o funcionamento da entidade.

O destaque foi a fala relacionada aos cursos profissionalizantes que a Abinjuv pretente oferecer, em parceria com o Senac, para os familiares dos assistidos pela entidade. Ainda em 2021, caso as verbas prometidas sejam de fato destinadas, a Abinjuv pretende oferecer três cursos, ainda não especificados.

Giovani também destacou como funciona o uso das emendas impositivas destinadas por parlamentares. O tema ainda gera muitas dúvidas, isso porque as emendas propostas pelos parlamentares estão sujeitas a diversas restrições, previstas nas normas orçamentárias, como leis e resoluções. Uma das restrições diz que o recurso não pode ser direcionado para despesa primária obrigatória.

Confira a entrevista completa:

A Associação Beneficente em Prol da Infância da Juventude (Abinjuv) completou, na última semana, 27 anos de atuação em Camaquã. O trabalho desenvolvido pela Abinjuv na comunidade camaquense trata diretamente com crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, promovendo a elas a inclusão, cidadania, respeito às pessoas e ao meio ambiente, incentivando atividades colaborativas.

A instituição tem estrutura capaz de atender mais de 50 crianças, dando alimentação, transporte e atividades recreativas e profissionais. Tendo em vista que o custo operacional para manter esta estrutura não é suprido de forma suficiente, a entidade atende cerca de 30 crianças e adolescentes.

Os valores recebidos vêm de recursos públicos, não sendo o suficiente para manter os custos fixos com colaboradores, luz, água e manutenção da estrutura. O custo para o estado manter um jovem recluso é de R$2.400,00 reais por mês. O trabalho da ABINJUV vem justamente de modo a evitar que estas crianças, por falta de uma entidade apoiadora, entrem no mundo do crime. Ao custo de 5 jovens reclusos seria possível atender e proporcionar inclusão social para mais de 50 crianças.

Mesmo sendo um importante “braço” do poder público, a Abinjuv é pouco valorizada e os valores recebidos pelo poder público estão longe de ser suficiente. Assim como todos, a ABINJUV tem sentido os efeitos da pandemia em diversas áreas de atuação da instituição. A associação se reinventou neste período, mesmo sem ter os atendimentos na casa.

Em abril deste ano, uma nova diretoria da ABINJUV foi formada, trazendo uma proposta que vai além da inclusão social, mas também quer trazer atividades profissionalizantes para que o jovem possa sair da instituição com portas abertas para o mercado de trabalho. Para que o trabalho seja efetivo ele precisa ser colaborativo e por isso a participação de entidades, parceiros e voluntários são fundamentais para somar forças para a instituição.