Fake news X eleições: Conheça fatores que garantem que urnas eletrônicas não sejam violadas
O juiz da 12ª Zona Eleitoral, Felipe Valente Selistre, esteve na ClicRádio comentando sobre o grande problema da atualidade e seu impacto nas eleições
Um dos maiores problemas da atualidade é a disseminação das fake news. Com o avanço das tecnologias e a facilidade que os aparelhos celulares trouxeram, as pessoas têm acesso fácil e rápido às notícias, sejam elas verdadeiras ou não.
Os grupos em WhatsApp e outras redes sociais aumentou essa disseminação de informação falsa. E cada dia mais as pessoas consomem conteúdos sem verificar as fontes daquela informação. E o pior, vão repassando entre seus contatos.
Durante o período de eleições um volume grande de fake news costuma circular pela internet. Um assunto que frequentemente é alvo de fake news durante este período, são as urnas eletrônicas. Conforme o juiz eleitoral Felipe Selistre informou, durante sua participação na ClicRádio, que nunca foi comprovado a violação de uma urna.
Conforme o juiz informou, as urnas são submetidas a rigorosos critérios de segurança. Ele explicou alguns destes procedimentos, “as equipes do Supremo Tribunal Eleitoral vinculadas às urnas eletrônicas, têm diversas atribuições e não se comunicam”.
Ele comentou que cada grupo de servidores tem uma função. “Não é uma equipe cuidando da urna como um todo”, explicou. “Dependendo do assunto, tem uma equipe específica. Isso já é uma maneira de evitar concentrar na mão de um grupo de pessoas toda a segurança da urna”, informou.
“A urna eletrônica não tem acesso pela internet”, comentou. Ele explicou que é um modelo fechado, que foi desenvolvido especificamente para o Brasil e não é possível haver violação da urna a distância.
Além disso, o juiz eleitoral explicou que as urnas são submetidas a fiscalizações em audiências públicas nas vésperas das eleições, onde são sorteadas urnas no Brasil inteiro. “Se seleciona uma urna de uma zona tal, sessão tal. Essa urna é buscada e no sábado que antecede a eleição se faz uma votação entre as urnas que foram sorteadas e se verifica o resultado da urna”, explicou.
“Nunca se teve nenhum problema”, afirmou. Ele explicou que esta urna seria utilizada no dia da eleição e é substituída por outra depois deste processo. “Todo esse processo é muito transparente”, comentou.
Outro fator importante que o juiz explicou foi referente ao relatório chamado “zerésima”. “O primeiro ato que o mesário faz no dia das eleições é retirar a zerésima da urna”, afirmou. “É um estrato que mostra que não tem nenhum voto computado naquela urna”, explicou.
Outro fator importante, que garante o sigilo do voto e segurança do eleitor, é que o voto não fica registrado na hora em que acontece. Não fica em ordem de primeiro eleitor até o último que passou por uma determinada urna. Todos esses fatores garantem a segurança para que as urnas não sejam violadas.