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Chuvas de maio trazem alivio contra estiagem no Rio Grande do Sul

O mês de maio de 2020 teve chuvas superiores à média climatológica, sendo providenciais para recuperar parte dos mananciais


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 23/06/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Enfim, a chave virou! O mês de maio de 2020 teve chuvas superiores à média climatológica, trazendo alívio a estiagem no Rio Grande do Sul. Vários municípios da metade Oeste somaram entre 200 e 250mm de chuva (Figura 1 A). Dessa forma, a anomalia da precipitação foi positiva na maior parte do Estado (Figura 1 B). Ainda assim, alguns municípios da Planície Costeira Interna e Externa e das regiões Norte e Nordeste registraram acumulados abaixo da média climatológica. De qualquer forma, as chuvas de maio foram providenciais para recuperar parte dos mananciais.

Prec mai 2020Mapa da precipitação acumulada (A) e da anomalia da precipitação (B) durante o mês de maio de 2020

 Figura 1) Mapa da precipitação acumulada (A) e da anomalia da precipitação (B) durante o mês de maio de 2020 em relação à média climatológica no RS. As escalas de cores indicam, em mm, o acumulado de precipitação (A) e a anomalia de precipitação (B), onde valores positivos (azul) indicam precipitação acima da média e valores negativos (laranja-vermelho) indicam precipitação abaixo da média. Fonte de dados: CPTEC/INMET.

As temperaturas mínimas ficaram com anomalias negativas, entre -1,0 e -2,0 °C, em relação à média climatológica. Já as máximas ficaram praticamente dentro do normal.

 

Situação atual do fenômeno ENOS (El Niño-Oscilação Sul) e perspectivas

A condição de Neutralidade continua no Oceano Pacífico Central, no entanto, as águas daquela região iniciaram processo de resfriamento neste último mês, como mostra a Figura 2. Com isso, consegue-se observar uma pequena área com anomalias negativas na região do Niño3.4. É por isso que se fala que o inverno será com condições Neutras, com viés negativo. O trimestre março, abril e maio de 2020 ficou com anomalia de +0,3 °C, na região do Niño3.4. As águas do Oceano Atlântico Sul estão com anomalias negativas (mas, nada extremo) que, associadas com o pequeno resfriamento que ocorre no Pacífico, podem ter seus efeitos somados e acarretar gradual redução nas chuvas no RS, ou causar maior variabilidade nas mesmas, ou seja, períodos secos intercalados com períodos chuvosos.

TSM mai 2020Anomalia da Temperatura da Superfície do Mar no mês de maio de 2020

 Figura 2) Anomalia da Temperatura da Superfície do Mar no mês de maio de 2020. Fonte: Adaptado de CPTEC. O retângulo central na imagem mostra a região do Niño3.4, a qual os centros internacionais utilizam para calcular o Índice Niño (índice que define eventos de El Niño e La Niña). Já o retângulo menor mostra a região Niño 1+2, que modula a qualidade, ou seja, a regularidade das chuvas no RS.

Ao monitorar a temperatura das águas subsuperficiais (até 300 metros abaixo do nível do mar, na região do Pacífico), nota-se que há uma grande porção de águas bastante frias, ou seja, anomalias negativas que chegam entre -4,0 e -6,0 °C, e que irão aflorar em superfície, mantendo o resfriamento que se observa na figura 2, por mais algum tempo. É por isso que alguns modelos têm sugerido a configuração de um episódio La Niña. No entanto, este resfriamento em profundidade está posicionado entre o Centro e o Leste do oceano, não abrangendo toda a extensão do Pacífico. A Oeste, as águas estão neutras, com leve aquecimento e é por isso que outra gama de modelos aponta para a continuidade da fase Neutra do ENOS (El Niño-Oscilação Sul).

O IRI (International Research Institute for Climate and Society) (Universidade de Columbia-EUA), em relatório divulgado no dia 11 de junho, prevê em 60% a probabilidade de que a fase Neutra continue no trimestre junho, julho e agosto de 2020. Entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2020 e janeiro, fevereiro e março de 2021, o consenso dos modelos prevê chances de La Niña e Neutralidade praticamente iguais, variando ao redor de 45% para cada uma das fases. Por isso, é necessário ter muita cautela, pois estiagens curtas poderão ocorrer, porém é difícil dizer se serão parecidas com as da safra 2019/2020.

 

Previsão para a precipitação no trimestre julho, agosto e setembro de 2020

Falando sobre o mês de julho, a previsão passada, apontava para chuvas superiores à média climatológica, o que deverá ocorrer em boa parte das regiões gaúchas. Lembrando que o inverno iniciou no dia 20 de junho, às 18h44min. Para o trimestre julho, agosto e setembro é esperado que as chuvas continuem ocorrendo e fiquem na média ou acima da média.

Julho: as simulações anteriores apontavam para chuvas acima da média e passaram a oscilar um pouco. Agora, nas últimas atualizações, o modelo CFSv2 tem mostrado que as chuvas deverão ficar acima da média climatológica, principalmente na Metade Sul do RS, com valores de até +50 mm.

Agosto: a previsão apresentava bastante variação nas simulações anteriores. Agora, elas têm mostrado um agosto com chuvas um pouco acima da média na Metade Sul do Estado, com valores de até +30 mm.

Setembro: as previsões anteriores mostravam setembro mais seco, depois mudou para chuvoso. Nas últimas previsões, as simulações continuam mostrando que as chuvas serão um pouco acima da média climatológica, sendo de até +30 mm.

Estas oscilações nas previsões de precipitação para o mês inteiro são normais, visto que se está e se continuará em período de Neutralidade climática, o que significa irregularidade na precipitação. Ou seja, haverá momentos com chuva mais frequentes e fortes e outros sem ocorrência de chuvas. Haverá, também, variação na temperatura. Aliás, junho tem tido dias com temperaturas bem altas, superiores à média climatológica do mês. Esse padrão deverá ocorrer também nos meses de julho e agosto, ou seja, dias bastante frios, intercalados com períodos de temperaturas mais altas, que se aproximam dos 28°C.

Os mapas com as normais climatológicas da precipitação em julho (A), agosto (B) e setembro (C) dão uma ideia de como é a distribuição da precipitação no RS (Figura 3). Observa-se que os menores acumulados ocorrem na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul no mês de julho e, também, em agosto, na Fronteira Oeste. Em setembro, observa-se que o volume climatológico da precipitação no RS é bem mais alto do que nos dois meses anteriores. Por isso, muitos produtores, por vezes, têm dificuldade de semear o arroz neste mês. Os mapas D, E e F são uma ilustração de qual deverá ser o padrão das chuvas nesses meses, se acima, abaixo ou dentro da normal climatológica. Essa ilustração foi com base no padrão predominante das últimas atualizações do modelo CFSv2 (Figura 3).

Previsão JAS 2020Normal climatológica da precipitação para os meses de julho (A), agosto (B) e setembro (C) para o RS

 Figura 3) Normal climatológica da precipitação para os meses de julho (A), agosto (B) e setembro (C) para o RS. Os mapas (D), (E) e (F) representam se a precipitação ficará acima (verde), abaixo (laranja) ou dentro do normal (cinza), nos meses de julho, agosto e setembro de 2020, respectivamente. Fonte de dados meteorológicos: INMET: Confecção e arte dos mapas: Jossana C. Cera.

Aos produtores, sobretudo os de arroz: sabe-se que nos meses de julho e agosto, não raramente, ocorrem os veranicos, ou seja, aqueles períodos mais longos de tempo seco e temperaturas mais altas do que a média. Pensando em preparo de solo para a semeadura do arroz da safra 2020/2021, o produtor deve estar atento a estes períodos, que podem ser curtos, de 7 a 15 dias. Então, quando possível, deve-se priorizar e manter as áreas bem drenadas, assim, qualquer janela de tempo mais seco possibilitará o preparo da terra.

Ressalta-se que a maioria dos produtores iniciam o processo de semeadura do arroz em setembro e/ou outubro, meses preferenciais para a semeadura do arroz, e estes meses geralmente possuem maior frequência e volume de chuvas, principalmente outubro. Então, estejam preparados!


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