Irmão afirma que camaquense que teve atestado de Covid-19 morreu em decorrência de câncer
Atestado de óbito apresentado por Juliano Puchalski mostra que câncer foi a causa da morte, diferente do que atestou o Estado; assista o vídeo e entenda o caso
Durante a manhã desta quarta-feira (3), a reportagem do Clic Camaquã conversou com o empresário Juliano Puchalski, irmão de Luciano Castilhos Puchalski, que teve sua morte atestada pelo Estado como sendo em decorrência da Covid-19. Segundo Juliano, o diagnóstico do Estado não condiz com situação e causa da morte de Luciano.
Segundo o relato, ele faleceu no dia 31 de maio, no Hospital Cristo Redentor, em decorrência de um tumor cerebral maligno e agressivo. O tumor, por sua vez, foi descoberto após dores de cabeça sofridas por Luciano no dia 22 de maio, nove dias antes do seu óbito.
Para a reportagem, Juliano apresentou o atestado de óbito, que aponta a causa da morte como decorrente do câncer e também o exame que mostra o tumor, já em fase de metástase avançada. Juliano relatou que apesar do que informou o Estado, a Covid-19 não teve sequer tempo para causar qualquer dano, tendo em vista que a doença foi contraída após a visita de uma familiar no dia anterior à descoberta do câncer.
Ele destacou que o diagnóstico da Covid-19 foi trazido após o óbito e que o mesmo não influenciou na causa da morte. Ele ainda destacou que após o caso, diversos comentários maldosos foram feitos em redes sociais e que é imprecindível que as pessoas entendam a situação, respeitando o momento de dor de toda a família.
Confira a entrevista completa:
Na entrevista, Luciano contou que uma prima de Porto Alegre que estava visitando a família havia sido diagnosticada com Covid-19 mas, no momento da visita, já havia passado pela quarentena e por 18 dias de isolamento, tempo recomendado pelos órgãos de saúde, que afirmam que após esse período, o vírus não é transmissível.
Ainda sim, Luciano e outras três pessoas foram infectadas. Todos os familiares passaram por exames e atualmente, se encontram isolados, tendo suas situações acompanhadas pelo Setor Epidemiológico da Prefeitura Municipal de Camaquã.
“O meu dever é explicar para as pessoas de boa fé de Camaquã”, ressaltou Juliano. Ele ainda destacou que seu irmão era uma pessoa querida por todos e que tanto ele quanto seus familiares estavam e seguem tomando todas as medidas de segurança.
Juliano ainda afirmou que não tem a intenção de contestar o diagnóstico do Estado e pediu para que todos estejam atentos às medidas de prevenção. Na página da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, o óbito segue contabilizado.