Duplicação da BR-116 terá novas licitações em trechos com obras atrasadas
Pontos em que há dificuldades para a conclusão dos trabalho estão nas regiões de Camaquã e de São Lourenço do Sul; em ambos os casos, não há possibilidade de incluir novos aditivos aos contratos
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou, nesta segunda-feira (25), que dois lotes das obras de duplicação do trecho sul da BR-116 terão novas licitações. As informações são do jornalista Mateus Ferraz, da GaúchaZH. Os pontos em que há dificuldades para a conclusão dos trabalho estão nas regiões de Camaquã e de São Lourenço do Sul. Em ambos os casos, não haveria mais possibilidade de incluir aditivos aos contratos existentes.
— A gente passa pelas dificuldades antigas. O projeto foi aditivado ao longo do tempo. Em alguns dos lotes, não temos mais quantitativos disponíveis para tocar a obra — disse Freitas.
O ministro afirmou que há a possibilidade de acordos com o Exército para a conclusão de trechos da rodovia, mas não especificou como seria realizada a atuação dos militares. Também apontou que um trecho de 18 quilômetros da duplicação será entregue em julho, na região entre Sentinela do Sul e Camaquã. Até o final do ano, a previsão é de que 50 quilômetros estejam concluídos.
Apesar da necessidade de novas licitações para os dois trechos mais atrasados, Freitas acredita que não haverá atrasos. De acordo com ele, as novas contratações serão realizadas em um período com maior volume de chuvas no Estado, o que minimizaria o impacto. A previsão de entrega da obra totalmente concluída foi mantida para o final de 2021.
Em relação ao trecho do contorno de Pelotas, a projeção é de conclusão no primeiro semestre do próximo ano. O ministro afirmou que não faltarão recursos e que os trabalhos estão avançando como o esperado no momento, lembrando que na última semana foram liberados três quilômetros:
— Estamos andando em ritmo adequado para uma intervenção urbana com essa complexidade.
Trecho mais atrasado
A cidade de Camaquã vive os dois extremos da duplicação da BR-116 na Zona Sul do Estado. O Lote 4, que vai do quilômetro 373,22 ao quilômetro 397,20 entre Tapes, Arambaré e Camaquã, possui cerca de 90% da obra executada. Enquanto isso, o Lote 5, que vai do quilômetro 397,22 ao quilômetro 422,30, entre Camaquã e Cristal possui apenas 48,45% da obra executada.
O problema é que a empresa responsável pelo trecho entre Camaquã e Cristal entrou em recuperação judicial e desde então, as obras estão praticamente paradas. Para agravar a situação, dois pavilhões da empresa foram atingidos por incêndio em 2019, em Portão, no Vale dos Sinos.
Nova ponte do Guaíba
Sobre a nova ponte do Guaíba, Freitas, que havia mencionado no ano passado que a entrega poderia ocorrer no mês de junho, ponderou que, devido a problemas na realocação de famílias da Ilha Grande dos Marinheiros, o prazo não será cumprido. No entanto, ressaltou que, até o final de 2020, a travessia será liberada para os veículos.
Neste cenário, as alças de acesso seriam concluídas posteriormente, já que os atrasos na retirada de famílias nas comunidades Vila Areia e Tio Zeca não permitirão o término até dezembro. Essa intervenção ainda não tem prazo para ficar pronta.
O ministro falou em uma transmissão pela internet, nesta segunda-feira (25), promovida pelo deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB-RS).
