ClicTV: “Bica” do Ouro Verde se torna fonte de água para parte da comunidade
CORSAN e Secretaria da Saúde não recomendam a ingestão de águas que não passem por tratamento
Provavelmente você conhece a vertente do Ouro Verde e se não conhece, já ouvir falar. A bica localizada na rua Ivan Alcides Dias é bastante visitada por camaquenses de diversos bairros e por moradores de outras cidades também.
De acordo com informações dos moradores, a obra realizada no local foi feita pelos próprios residentes do bairro. A tentativa de colaborar com a obra de calçamento que estava sendo realizada na ocasião, fez com que os moradores percebessem que água poderia ser consumida.
As pessoas que utilizam a água afirmaram que nunca tiveram nenhum problema de saúde devido a ingestão. O líquido não apresenta cor, é inodoro e não possui gosto, além disso os moradores comentaram que é geladinho e refrescante.
Assista a repotagem de Sabrina Borges:
Enquanto a reportagem esteve no local, vários motoristas encostaram seus carros e encheram galões com a água da bica. Eles informaram que não costumam nem realizar a fervura daquela água, porque de acordo com eles não existe a necessidade.
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Um dos moradores, que colaborou na construção da obra da bica, comentou que já teve acesso a dois testes informais da água, que foram realizados por escolas do município. Segundo ele, ambos os testes apontaram que a água poderia ser consumida sem medo.
A Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), informou que nunca realizaram testes da água do local e que realizam o controle apenas das águas tratadas pela Companhia. De acordo com a gerente da CORSAN, Cláudia Vieira das Neves Viana, não é aconselhado o consumo de águas que não tenham a qualidade monitorada. Ela informou também que está é uma questão de saúde pública.
Luciano Pereira Dias, secretário da saúde do município comentou que não é obrigação da Prefeitura monitorar essas fontes. De acordo com ele, mesmo que houvesse a realização de algum teste no local, existe a possibilidade do resultado apontar que a água pode ser consumida em um dia e no outro algum animal morrer na vertente, alterando essa “qualidade”.
Ele informou ainda sobre a lei PRT MS/GM 2914/2011, Art. 12, Parágrafo Único, que diz “É proibido a autoridade municipal de saúde pública autorizar o fornecimento de água para consumo humano, por meio de solução alternativa coletiva, quando houver rede de distribuição de água”.
Com isso a posição da secretaria é que aquela água não seja usada para consumo. Essa é uma medida da Prefeitura para prevenir possíveis contaminações que possam acontecer através da ingestão do líquido.