Ex-secretário do Meio Ambiente fala sobre problema com coleta seletiva em Camaquã
Segundo o Engenheiro Agrônomo Renato Zenker, menos de 20 pessoas estavam trabalhando na cooperativa, que já não era mais a forma mais eficiente para lidar com o lixo produzido em Camaquã
Na manhã desta segunda-feira (20), Renato Zenker esteve participando do programa Bom Dia Camaquã. Ele comentou sobre a repercussão que a coleta seletiva teve nas últimas semanas.
“Eu sou meio pai dessa coleta seletiva”, afirmou Renato. Em 1971, quando Renato foi secretário do meio ambiente, a ideia de coleta seletiva surgiu. Sendo implantada dentro do governo de João Carlos Machado. Durante o mesmo governo, segundo Renato, o projeto foi abandonado.
Por muito tempo não foram mais realizados convênios, e o serviço deixou de ser prestado. Quando o prefeito Ivo de Lima Ferreira assumiu, a questão voltou a ser priorizada. Renato comentou que antes de Ivo assumir, não havia vínculo entre a Cooperativa e a Prefeitura e os trabalhos estavam sendo realizados assim mesmo.
Depois disso, se regulamentou a situação, através de um chamamento, onde a Cooperativa Cootrica venceu. Esse contrato teve seu prazo limite esgotado e a partir daí, foi realizado pela Prefeitura um novo chamamento, onde concorreram duas cooperativas.
A Cootrica acabou perdendo esse processo, então veio a público questionando algumas questões e foi onde repercutiu o assunto. De acordo com o comentarista, haviam poucas pessoas da Cootrica trabalhando na coleta.
“Imaginem vocês, nós somos cidadãos de Camaquã. Nós pagamos nossos impostos. A Prefeitura dá três caminhões, três motoristas, dá o galpão, duas esteiras, o modo funcional completo. Não existe no estado uma prefeitura que forneça o equipamento como Camaquã, e nós tínhamos ali, 20 pessoas trabalhando.”, comentou. Renato lembrou que quando foi secretário, em 2001 haviam 87 pessoas trabalhando no galpão.
De acordo com ele, o novo contrato que a Prefeitura formulou para a empresa que assumir a coleta seletiva é o mais adequado, pois vai existir uma prestação de contas que não havia no anterior. Renato comentou que como a Prefeitura disponibiliza um “manancial de recursos” para que o serviço aconteça, ela deve saber qual o efeito que esse trabalho está trazendo para a comunidade.
“Ganhou uma segunda cooperativa, esse pessoal que estava trabalhando lá, não vai ficar desempregado. O pessoal pode se associar a nova cooperativa que ganhou o chamamento, então não haver desemprego”, comentou.
Confira a entrevista completa a partir da 1h28 de transmissão: