Região de Camaquã pode ter perda acima de 40% na safra do tabaco
Estiagem, granizo, incêndio em estufas e baixa umidade são as principais causas das previsões feitas por especialistas
Na manhã desta segunda-feira (16), o programa Bom Dia Camaquã recebeu Gilson Peglow, representante da Associação dos Fumicultores do Brasil. Ele conversou com o apresentador Eduardo Costa sobre a situação da safra do fumo, que pode ter perdas batendo os 40%.
No começo de sua entrevista, Peglow lamentou a falta de chuva na cidade de Camaquã e relatou que nos últimos dias, boa parte das cidades da região registrou uma quantidade relativamente grande de chuva, enquanto Camaquã não teve sequer 10 mm.
“Se chover ou não, teremos perdas de pelo menos 35% [da safra do fumo]”, disse Gilson, se referindo à perda relacionada a estiagem. Ele destacou que o presidente da entidade Benício Albano Werner, afirmou que a safra atual já apresentava 2% de diminuição de plantio.
Leia também: Colheita do tabaco tem abertura oficial nesta sexta-feira
Ele destacou que no restante do Estado, citando a região de Santa Cruz do Sul, a situação está próxima do normal, sendo mais preocupante a situação da região de Camaquã. Ele relatou que a qualidade e o desenvolvimento das plantas está regular na maior parte das regiões com maior produção.
Outro dado preocupante é relacionado à incidência de chuvas com granizo na região. Segundo Peglow, em 2018 foram 12 mil lavouras que tiveram danos pelo granizo, número que em 2019 já chegou aos 17 mil. Além disso, foram 23 estufas de fumo que foram atingidas por incêndios, tendo perda parcial ou total das mesmas.
Todos estes fatores influenciam diretamente no preço que será pago pelas fumageiras. Na última semana, a reunião entre as empresas, produtores e entidades acabou sem um acordo, que deverá acontece apenas no dia 15 de janeiro.
Confira a entrevista completa a partir de 2 horas e 5 minutos de transmissão: