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FOTOS: Brigada Militar do Rio Grande do Sul completa 182 anos

Conheça a história da instituição criada em 18 de novembro de 1837 com as atribuições de auxiliar na justiça, manter a ordem e a segurança pública


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 18/11/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Nesta segunda-feira (18), a Brigada Militar completa 182 anos de criação. A instituição foi criada em 18 de novembro de 1837 com as atribuições de auxiliar na justiça, manter a ordem e a segurança pública na capital, nos subúrbios e nas comarcas. 

Atualmente é a força de segurança pública que têm por função o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

No âmbito jurídico, a BMRS enquadra-se como polícia militar nos termos do artigo 42 da Constituição Federal de 1988. Os brigadianos, portanto, são considerados militares do Estado do Rio Grande do Sul.

 ClicTV: Professores iniciam greve por tempo indeterminado em Camaquã

História

1837

A ordem interna encontrava-se conturbada na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul pela ação dos farroupilhas, quando o presidente, Antonio Elzeário de Miranda e Britto, promulgou a Lei Provincial nº 7, em 18 de novembro de 1837, criando a Força Policial da Província, com o efetivo de 19 oficiais e 344 praças e as atribuições de auxiliar na justiça, manter a ordem e a segurança pública na capital, nos subúrbios e nas comarcas.

Sua regulamentação só ocorreu, em 05 de maio de 1841, quando entrou em vigor o Regulamento do Corpo Policial. Após sua regulamentação, ocorreu a nomeação dos primeiros oficiais. Em 14 de julho de 1841, o Corpo Policial iniciou suas atividades, sob o comando do tenente-coronel do Exército Quintiliano José de Moura, na época, chefe de polícia em Porto Alegre.

A partir da regulamentação do Corpo Policial, em 1841, inúmeros oficiais do Exército estiveram no Comando-Geral da Instituição.

– Tenente-coronel Sebastião Barreto Pereira Pinto (1847 a 1849),
– Tenente-coronel Antônio Jacintho da Costa Freire (1850),
– Major João Luiz de Abreu e Silva (1851 a 1857),
– Tenente-coronel José Antônio da Silva Lopes (1858 a 1864),
– Tenente-coronel José Antônio da Silva Lopes (1858 a 1864)

1865

Com o objetivo de derrubar o presidente do Partido Blanco e substituí-lo pelo líder dos colorados, forças brasileiras invadiram o Uruguai, em novembro de 1864. Em represália, o presidente paraguaio Solano López, que apoiava os blancos, rompeu relações com o Brasil, proibiu a navegação brasileira pelo rio Paraguai e, em janeiro de 1865, invadiu a província do Mato Grosso e, mais tarde, duas províncias argentinas. Na ocasião, o exército paraguaio possuía cerca de 70 mil homens, prontos para a batalha, enquanto a tropa brasileira não chegava a 18 mil integrantes e a Argentina possuía seis mil soldados, aproximadamente.

Diante das graves e extraordinárias circunstâncias em que se encontrava o país e da necessidade de serem adotadas “todas as providências para a sustentação, no exterior, da honra e da integridade do Império”, foram “criados extraordinariamente corpos para o serviço de guerra compostos de todos os cidadãos maiores de dezoito e menores de cinquenta anos, que voluntariamente se quiserem alistar”. Contra as pretensões do governo paraguaio, em maio de 1865, o Brasil, a Argentina e o Uruguai uniram-se formando a Tríplice Aliança, que contava com o apoio militar e financeiro da Inglaterra.

Em julho de 1865, 60 praças do Corpo Policial passaram a integrar o 33º Corpo de Voluntários da Pátria que se organizava em Porto Alegre, sob o comando do general Luiz Manoel de Lima e Silva. Porém, segundo Ribeiro, em dezembro deste ano, “as praças que nele estavam servindo” foram excluídas. O autor afirma que “ainda no mesmo mês, foram mandados apresentar ao coronel Augusto Frederico Pacheco, três oficiais e 40 praças, para fazer parte do Piquete do Imperador” que, sob o comando do capitão Francisco Antônio de Morais, deveria escoltar Dom Pedro II e sua comitiva até a cidade de Uruguaiana, invadida por uma divisão do exército Paraguaio. Uma semana depois da chegada de D. Pedro II em Uruguaiana, ocorreu a rendição do Exército Paraguaio.

Convertido em 9º Batalhão de Voluntários da Pátria, o Corpo Policial marchou para o teatro de operações, integrando o 1º Corpo do Exército Brasileiro, comandado pelo marechal Luís Alves de Lima e Silva. Mais tarde, recebeu a denominação de 39º Corpo de Voluntários da Pátria.

No transcurso da Guerra, o Corpo Policial participou das batalhas de Tuiuti e Avaí, além das ações em Estero Belaco, Passo da Pátria, Tuiu-Cuê, Humaitá, Suruí, Angostura e Lomas Valentina, decisivas para a derrota do Paraguai, retornando ao Brasil, no final de maio de 1870, quando foi recebido festivamente e entregou a bandeira utilizada pelo Corpo de Voluntários da Pátria na Catedral Metropolitana de Porto Alegre.

Estiveram no Comando-Geral do Corpo Policial:

Major da Guarda Nacional José de Oliveira Bueno (1865), Major José Maria de Alecastro (1866), Coronel honorário do Exército José de Oliveira Bueno (1869).

1873

Conforme Lei Provincial nº 874, de 26 de abril de 1873, o Corpo Policial foi extinto dando lugar à Força Policial, que possuía as mesmas características militares da instituição anterior, organizada com uma seção móvel na Capital, sede do Comando-Geral, e seções fixas no interior da Província.

1874

Em 1874, a Força Policial foi enviada para a localidade conhecida como Padre Eterno (Sapiranga), com o objetivo de apoiar na campanha contra a seita religiosa dos Mucker (que significava falso santo, em português), orientada pelo casal Jacobina Mentz Maurer e João Jorge Maurer.

Tudo começou depois que imigrantes alemães instalados na colônia de Padre Eterno, mostraram-se insatisfeitos com as precárias condições de assistência médica e de educação na região. Esses colonos eram liderados por Jacobina e João Jorge Maurer.

Na época, os moradores acreditavam que Jacobina possuía o dom de diagnosticar doenças e curar os enfermos com o uso de plantas e chás. Assim, a residência do casal passou a ser um local de curas e de culto, onde Jacobina, afirmando ser uma reencanação de Jesus Cristo, reunia centenas de pessoas, com o objetivo de evangelizá-las.

Diante disto, preocupados com a influência que ela passou a exercer sobre os moradores, tropas militares começaram a combater suas atividades. Em 28 de junho de 1874, 100 soldados, incluindo homens do Corpo Policial, sob o comando do coronel Genuíno Sampaio, cercaram o reduto dos Mucker. Sem estratégia e sem treinamento, as tropas militares perderam 39 homens, contra seis dos mucker.    Em 18 de julho, houve um segundo ataque, com um contingente mais reforçado, resultando na morte de alguns Mucker e do coronel Sampaio, e a fuga de Jacobina. Três dias depois, ocorreu um novo ataque. Finalmente, em 02 de agosto de 1874, conduzidos por Carlos Luppa (ex-Mucker), soldados chegaram ao reduto dos Mucker e mataram Jacobina e seus 16 seguidores.

Estiveram no Comando-Geral da Corporação:

  • José Maurício de Oliveira (21 de abril de 1874 a 19 de novembro de 1874, interinamente),
  • Coronel José Antônio da Silva Lopes (19 de novembro de 1874 a 24 de outubro de 1875),
  • Tenente-coronel da Guarda Nacional Joaquim Rodrigues da Silva (24 de outubro de 1875),    – Major
  • Honorário do Exército Antônio de Lima Bueno (1877 a 20 de fevereiro de 1878),
  • Coronel Reformado João Daniel Damaso dos Reis (20 de fevereiro de 1878 a 2 de agosto de 1880),
  • Major José Joaquim de Andrade Neves ( 2 de agosto de 1880 a 1883),    – Tenente-coronel Luiz Ennes Bandeira (1883 a 24 de setembro de 1885),
  • Capitão Antônio Lino de Figueiredo Moreira (24 de setembro de 1885 a 31 de agosto de 1886, interino),
  • Major Reformado Francisco Rio-Pardense de Macedo (31 de agosto de 1886 a 1888),
  • Major Thomaz Thompson Flores (26 de dezembro de 1889 a março de 1890),
  • Capitão Cypriano na Costa Ferreira (março de 1890 a 6 de maio de 1892).

1892

Após a proclamação da República, em 1889, foi promulgada a primeira Constituição do Brasil republicano, que estabeleceu as principais características do Estado brasileiro contemporâneo com o modelo presidencialista e federativo, o voto direto, a separação entre Estado e Igreja, a independência entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), e o fim do Poder Moderador. A Constituição concedeu autonomia para que os Estados elaborassem suas próprias constituições e estabeleceu que os governos estaduais adotassem providências para a manutenção da ordem e segurança pública, autorizando a organização de guardas cívicas. Em consequência, a 26 de dezembro de 1889, a Força Policial passou a ser denominada de Guarda Cívica do Estado.

No Rio Grande do Sul, a Constituição promulgada, em 14 de julho de 1891, foi calcada nos princípios positivistas de Augusto Comte, dando início a um período de instabilidade política no Estado. Após a queda do marechal Deodoro da Fonseca da presidência da República, Júlio de Castilhos deixou o governo do Rio Grande do Sul, sob pressão e, do final de 1891 até a metade de 1892, o Estado vivenciou a sucessão de 18 governos.

Nesse período, que ficou conhecido como governicho, a Guarda Cívica voltou a ser denominada de Corpo Policial, em 28 de março de 1892; recebeu a denominação de Brigada Policial, em 06 de junho de 1892; e retomou o nome de Guarda Cívica, em 17 de junho de 1892, após a queda da Junta Governativa e o retorno de Júlio de Castilhos à presidência do Estado.

A insatisfação em decorrência do retorno de Júlio de Castilhos foi tão grande que, em junho de 1892, a canhoneira Marajó navegou pelo Lago Guaíba, da ponta do Gasômetro até a altura da Rua General Silva Tavares (atual Rua Marechal Floriano) efetuando centenas de disparos. Esse fato provocou uma reação da sociedade porto-alegrense, que defendeu a Capital junto com as forças militares do Exército e da Guarda Cívica. “Após o combate, um esquadrão de cavalaria, pertencente à Guarda Cívica, percorreu as ruas da cidade, assegurando a ordem pública”, conforme publicou o jornal A Federação.

Finalmente, Fernando Abbott assumiu interinamente a presidência do Estado e pelo Ato nº 357, de 15 de outubro de 1892, criou a Brigada Militar para zelar pela segurança pública, mantenimento da República e do Governo do Estado, fazendo respeitar a ordem e executar as leis, em todo o território sul-rio-grandense. Seu primeiro comandante e organizador foi o major do Exército Joaquim Pantaleão Teles de Queiroz, comissionado no posto de coronel.

1893

4 oficias da Brigada Militar em frente a um monumento

Inauguração do cenotáfio em homenagem ao Cel Pillar, morto durante a Revolução Federalista

Em 9 de fevereiro de 1893, eclodiu no Rio Grande do Sul a Revolução Federalista, entre pica-paus ou chimangos, aliados a Júlio de Castilhos, e maragatos (federalistas), que queriam a deposição dos presidentes Federal e Estadual e a revogação da Constituição Estadual. O movimento teve início quando os revolucionários, comandados por Gumercindo Saraiva, procedentes da República do Uruguai, invadiram o Estado pela região da Carpintaria, próxima ao rio Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, aliando-se às forças de João Nunes da Silva Tavares (Joca Tavares). Dois dias depois, quando Gumercindo Saraiva se dirigia ao encontro de Joca Tavares, comandante em chefe do exército federalista, travou combate com forças republicanas e forças civis, no Passo do Salsinho. No mesmo dia as tropas de Gumercindo Saraiva bateram em retirada, sendo perseguidas, sobretudo pelo 2º Batalhão de Infantaria. O Combate do Salsinho foi considerado o batismo de fogo da Brigada Militar.

Oficias fardados lendo carta, em homenagem a um coronel morto

Cel Venâncio Batista, Cmt-G, junto ao cenotáfio em homenagem ao Cel Pillar, morto durante a Revolução Federalista

As tropas republicanas foram organizadas em cinco divisões, que correspondiam às regiões do território gaúcho (Capital, Norte, Sul, Oeste e Centro) e contaram com o apoio dos 17 Corpos Provisórios, que foram distribuídos estrategicamente em diferentes pontos do Estado, principalmente na região da fronteira. Durante a Revolução, alguns Corpos Provisórios foram incorporados à tropa regular e prestaram relevantes serviços à Corporação.

A participação da Brigada Militar foi intensa, ao longo da Revolução Federalista. Em 1893, combateu em Inhanduí, Upamototi, Restinga, Piraí, Serrilhada, Cerro Chato, Rio Grande, Mariano Pinto, Mato Castelhano, Mato Português e Rio Negro. No ano seguinte, tomou parte do Cerco de Bagé, além de ter combatido no quilômetro 34 da estrada São Francisco de Paula-Taquara, Rio Pelotas, Campo do Meio, Passo Fundo (Pulador), Carovi, Capão das Laranjeiras e Traíras. Finalmente, no último ano da Revolução, participou das ações bélicas em Campo Osório.

Com o término da Revolução, a Brigada Militar retornou às suas atividades, mantendo a maioria do seu contingente aquartelado.

1897-1898

Em 11 de fevereiro de 1897, o coronel do Exército José Carlos Pinto Júnior assumiu o comando-geral da Brigada Militar.

Oficiais e alunos uniformizados em uma sala de aula na Escola Regimental do º RC

Escola Regimental do 2º RC, 1922

Em 20 de junho de 1898, foram criadas as Escolas Regimentais, destinadas aos praças “que se encontrassem em melhores condições morais e intelectuais”. Eles teriam aulas de leitura, caligrafia, quatro operações, noções de higiene militar e deveres do soldado, cabo de esquadra, furriel e sargento, e todas as circunstâncias do serviço de paz e guerra; organização de papéis relativos às campanhas e esquadrões, de acordo com os modelos adotados.

Simultaneamente, funcionava o curso de preparatórios para oficiais e inferiores, que se destinava a elevar o nível intelectual dos oficiais e contava com os melhores professores da Capital, dentre os quais estavam o educador Alfredo Clemente Pinto, o capitão e professor João Vespúcio de Abreu e Silva, o educador e engenheiro militar Otávio Rocha, Ildefonso Gomes, o professor e historiador     Afonso Guerreiro Lima, Antonio Gonçalves Moura Monteiro e o professor Leopoldo Tietböhl.

Homens fardados em posição de marcha

Formatura do CIM (década de 1940)

Em consequência das exigências de escolaridade para a inclusão na Corporação, esses cursos deixaram de existir e, em 01 de março de 1916, o coronel Affonso Emílio Massot criou o Curso de Ensino, com duração de dois anos, para “proporcionar aos oficiais e inferiores da Brigada Militar meios de se aperfeiçoarem no conhecimento de várias matérias de instrução intelectual, sem sacrifícios pecuniários”. As disciplinas ministradas no curso seriam: português, francês, matemática, geografia, história do Brasil e desenho linear.

Homens fardados andando em marcha

Formatura do CIM no Estádio General Cypriano

Diante da necessidade de outra orientação ao Curso de Ensino, de modo que proporcionasse aos oficiais e inferiores o estudo de disciplinas fundamentais ao seu melhor preparo militar, o programa de ensino foi modificado e sua denominação foi alterada para Curso de Preparação Militar (CPM).

Em 28 de agosto de 1934, foi aprovada a proposta para que os Cursos de Preparação Militar, de Sargentos, de Transmissão e, mais tarde, de Educação Física Militar passassem a integrar o Centro de Instrução Militar (CIM), cujo diretor seria o oficial mais graduado da Missão Instrutora, com a missão de formar, aperfeiçoar e especializar oficiais e praças. O CIM foi instalado definitivamente, em 6 de abril de 1936, na Chácara das Bananeiras, quando foi organizado como unidade de ensino.

Homem fardado ao centro, ordenando soldados ao fundo

Formatura na Chácara das Bananeiras

No ano seguinte, foram estabelecidas as normas para o exame de admissão ao Curso de Preparação Militar e ficou estabelecido que o curso seria um curso técnico-profissional, exclusivamente para sargentos da Brigada Militar e, excepcionalmente, a juízo do comandante-geral, para oficiais efetivos, graduados e comissionados, devendo o exame dos oficiais ser separado do dos praças.

O Curso de Preparação Militar passou a ser denominado de Curso de Formação de Oficiais (CFO), em 1942.

1907

Desde a criação da Brigada Militar, havia a previsão de profissionais da área de saúde em sua estrutura organizacional.

Durante o Período Imperial, o Estado firmou um convênio com a Santa Casa de Misericórdia, a fim de que as praças da Corporação fossem tratadas nas enfermarias dessa Instituição. Entretanto, a partir de 1892, as instalações da Santa Casa de Misericórdia não ofereciam condições ideais para atender às demandas. Em consequência, em janeiro de 1907, foi criada a Enfermaria Militar, também chamada de Enfermaria do Cristal, na Ponta do Dyonísio, em um terreno elevado que oferecia excelentes condições de ventilação e iluminação, além de ser afastado do perímetro urbano.

Em 4 de agosto de 1911, a Enfermaria do Cristal foi transformada no Hospital da Brigada Militar, destinado ao atendimento exclusivo do seu efetivo. Conforme contrato estabelecido, as Irmãs da Penitência e da Caridade da Ordem Terceira de São Francisco de Heythuizem eram responsáveis pelo cotidiano hospitalar.

1909-1910

Em 15 de março de 1909, o coronel do Exército Cypriano da Costa Ferreira assumiu o Comando-Geral da Brigada Militar.

O prédio da Linha de Tiro foi inaugurado, em 20 de outubro de 1910, na Chácara das Bananeiras e destinava-se ao treinamento para o manuseio de armas de fogo. Na inauguração, o disparo de honra foi efetuado pelo Dr. Carlos Barbosa Gonçalves, presidente do Estado, com um fuzil.

1911

Em fevereiro de 1911, foi inaugurado o Depósito de Recrutas, na Chácara das Bananeiras, destinado à instrução dos voluntários que ingressavam na Brigada Militar. Depois de submetidos aos exames sobre os conteúdos ministrados, os recrutas eram declarados prontos para o serviço e apresentados nos batalhões ou regimentos.

1912

Banda da Brigada Militar uniformizada posando para uma foto

Banda de Música da BM – Foto: SGT Luciano

As bandas de música sempre representaram um elo de integração e socialização com as comunidades, desde o seu surgimento, na segunda metade do século XVII. Em ações militares, a música servia como meio de comunicação nos campos de batalha, além de elevar o moral da tropa e atemorizar os inimigos, já que determinados sons poderiam perturbá-los. Em tempos de paz ou durante os intervalos entre os combates ou batalhas, as bandas alegravam os soldados com repertório popular.

Músicos da Banda de Música da Brigada Militar tocando instrumentos musicais em duas filas

Banda de Música da Brigada Militar – Foto: SGT Luciano

A Brigada Militar possuía, no final do século XIX, quatro formações musicais em algumas das suas unidades, entretanto, somente em 1909 o maestro da Banda do 1º Regimento de Cavalaria (1º RC), tenente Pedro Corrêa Borges, começou a idealizar a composição de uma grande banda, com instrumentos modernos, constituída pelos melhores músicos da Corporação. Pedro Corrêa Borges era um profissional reconhecido e, em agosto de 1908, depois de retornar de uma apresentação da banda do 1º RC nas festividades alusivas ao centenário dos portos, no Rio de Janeiro, foi agraciado pelo Jornal do Comércio com uma batuta de ébano encastoada de ouro.

Músicos uniformizados posando para foto

Banda de música do GBC no quartel do 2º RI, na Vila Militar, SP – Foto: SGT Luciano

Finalmente, em 23 de janeiro de 1912, foi criada a Banda de Música da Brigada Militar, com 30 componentes oriundos do 1º RC, sob a regência do tenente Pedro Corrêa Borges, que foi declarado alferes inspetor das bandas de música pelo presidente do Estado, a partir de proposta encaminhada pelo comandante-geral da Corporação.

A Banda de Música da Brigada Militar estava subordinada ao Comando-Geral e, dentre suas atribuições, deveria acompanhar as tropas em ações bélicas, além de marchas e manobras.

1914

O Cemitério da Tristeza, localizado no Morro do Osso, foi criado, na segunda metade do século XIX, quando as família já não podiam mais enterrar seus parentes em suas propriedades. Inicialmente, o cemitério serviu para sepultar os imigrantes (principalmente italianos e alemães) que habitavam um terreno localizado onde, hoje, é o bairro Cristal.

1916

A Escolta Presidencial, que fazia parte do 1º Regimento de Cavalaria, desde 1901, tornou-se unidade independente, em 25 de janeiro de 1916, com um efetivo de 90 homens. Sua principal missão era o serviço de guarnição, vigilância e segurança do Palácio do Governo do Estado.

 

1917-1918

Em 18 de maio de 1917, o coronel Affonso Emílio Massot assumiu o Comando-Geral da Brigada Militar.

Em 28 de maio de 1918, o presidente do Rio Grande do Sul, Antônio Augusto Borges de Medeiros, sancionou o Decreto nº 2.347–A, criando o regulamento disciplinar e processual para a Brigada Militar.

Conforme redação do art. 61, “A justiça militar será administrada:

a) por um conselho militar;
b) por um conselho de apelação.”

O Conselho de Apelação foi instalado no Quartel do Comando-Geral, onde permaneceu ao longo de 63 anos. A primeira sessão ocorreu, no dia 19 de junho do mesmo ano, marcando a instauração e início dos julgamentos da Corte de Apelação, atualmente Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul.

Em outubro de 1918, a influenza hespanhola, que já havia vitimado milhares de pessoas na Europa, chegou a Porto Alegre, fazendo com que o movimento da cidade fosse diminuindo à medida que o número de enfermos aumentava assustadoramente. A Influenza ceifou vidas preciosas e trouxe a miséria à cidade de Porto Alegre.

Para tentar conter a epidemia, várias medidas foram adotadas pelo Governo do Estado. Nessa ocasião, além de fornecer oficiais para exercerem a função de inspetores dos quarteirões sanitários da Capital, foram instalados isolamentos para os enfermos nos quartéis da Praia de Belas, do 1º RC (no Cristal) e do Grupo de Metralhadoras (na Chácara das Bananeiras). Também em decorrência da epidemia, o 1º Batalhão de Infantaria teve sua sede transferida do velho prédio localizado na Rua General Canabarro para a Chácara das Bananeiras, pois a sua antiga sede passou a servir de isolamento para civis enfermos.

Finalmente, em novembro do mesmo ano, os hospitais provisórios foram desativados.

1923 – Revolução Assisista

Com a aproximação da eleição presidencial, a situação política do Estado ficou conturbada. Em 1920, Borges de Medeiros anunciou a sua candidatura e, diante da possibilidade de reeleição para o seu quinto mandato, uma aliança formada pelos opositores do governo lançou a candidatura de Assis Brasil. Com a vitória de Borges de Medeiros, a oposição alegou fraude nas eleições. Foi realizado novo escrutínio e o resultado persistiu, suscitando o início da Revolução Assisista, também chamada de Movimento Libertador, após o cerco de Passo Fundo, em janeiro de 1923. De um lado, estavam os partidários de Borges de Medeiros, conhecidos como chimangos ou pica-paus, e do outro os partidários de Assis Brasil, também chamados de maragatos.

As tropas legais ou governistas foram integradas por contingentes da Brigada Militar e pelos Corpos Provisórios, sob o comando do comandante-geral da Corporação e a supervisão de Borges de Medeiros.

Com a intermediação do ministro da Guerra, o general de divisão Fernando Setembrino de Carvalho, em 7 de novembro de 1923, foi assinado um acordo provisório de armistício e, em 14 de dezembro, foi assinado o Pacto de Pedras Altas, que marcou o fim do movimento e impôs mudanças na Constituição Estadual de 1891, estabelecendo a impossibilidade de reeleição.

1923 – Serviço de Aviação

Em um contexto de instabilidade provocada pela Revolução Assisista, o coronel Massot viu uma nova oportunidade retomar sua proposta. Assim, em 28 de maio de 1923, teve início o Serviço de Aviação da Brigada Militar, com a aquisição de dois aviões Breguet 14 pela Secretaria de Estado dos Negócios das Obras Públicas. As aeronaves receberam a identificação de BM-1 e BM-2. O campo de aviação foi instalado na várzea do Gravataí e possuía uma pista de 600 metros, dois hangares, escritório, oficinas, corpo da guarda e alojamentos. Noêmio Ferraz, ex-sargento-aviador do Exército, foi contratado paras as missões de voo e Osório Oliveira Antunes como observador aéreo, sendo atribuído a ambos o posto de alferes.

Dois homens posando para um foto na lateral de um avião em solo

Sobral e Cap Feio no Parque de Aviação da BM (1923)

Os aviões BM-1 e BM-2 foram equipados com metralhadoras, fuzis e lançadores de bombas, à semelhança dos aeroplanos utilizados na Primeira Guerra Mundial e seu primeiro voo foi realizado, no dia 30 de maio de 1923, sobre a cidade de Porto Alegre e proximidades.

Transcorrido algum tempo, as metralhadoras foram retiradas, pois deveriam ser utilizadas apenas em combates aéreos. As bombas, construídas pela Brigada Militar, só produziam efeito moral e destinavam-se a espantar as montarias, deixando as tropas inimigas confusas e a pé.

Durante a Revolução de 1923, os aviões da Brigada Militar receberam a missão de observar a movimentação das tropas no Estado, fazer o reconhecimento do terreno e prestar informações.

O Serviço de Aviação teve duração efêmera e, em 9 de agosto, ao retornar de um voo de reconhecimento na região de Cachoeira do Sul, São Sepé e Caçapava do Sul, o avião BM-1 sofreu uma pane, incendiou no ar e caiu. O piloto, alferes Noêmio Ferraz, com sérios ferimentos e queimaduras, foi projetado da aeronave e sobreviveu; enquanto o observador, alferes Osório de Oliveira Antunes ficou totalmente carbonizado.

1924

Homens inspecionado vagão de trem

Chegada do GBC em Grayauna, durante a Revolução de 1924

Mal havia acabado a Revolução Assisista quando irrompeu em São Paulo a segunda grande revolta tenentista. O movimento, deflagrado no dia 5 de julho, data do segundo aniversário da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, reuniu elementos amotinados do Exército e da Força Pública Paulista, que queriam depor o presidente Arthur Bernardes e estabelecer um governo provisório que convocasse outra assembleia para redigir uma nova Constituição.

Homens em fila, em frente a um prédio

3º BI em frente ao quartel da praia de Belas, para inspeção antes do embarque para SP, Revolução de 1924

A capital paulista foi ocupada fazendo com que, poucos dias depois, o presidente do Estado abandonasse o Palácio dos Campos Elíseos, sede do governo, refugiando-se na estação de Guaiaúna, sob a proteção das forças legais do Exército. Em consequência, o ministro da Guerra e os generais mandaram bombardear a cidade para desalojar os revoltosos, atingindo os bairros mais pobres da Capital e deixando um grande número de mortos e feridos, além de consideráveis danos materiais.

Diante da situação, Arthur Bernardes solicitou o apoio gaúcho para debelar a sedição e o presidente do Rio Grande do Sul criou um Grupo de Batalhões de Caçadores (GBC) integrado pelos 1º e 3º Batalhões de Infantaria e uma Companhia de Metralhadoras Pesadas da Brigada Militar, totalizando 1.106 homens que seguiram em direção a São Paulo no navio Poconé, da companhia de navegação Lloyd Brasileiro.

Homens organizando mantimentos

Abastecimento das unidades do GBC em Cainá, durante a Revolução de 1924

Depois de seis dias a bordo do navio, o GBC desembarcou no porto do Rio de Janeiro, onde foi recebido por representantes da presidência da República, dos ministros da Guerra e da Justiça e outras autoridades; pelo ministro da Marinha e por um grande número de membros da colônia sul-rio-grandense que residia na capital federal. Depois de receber o material bélico necessário para a operação, o GBC partiu para São Paulo em composições da Estrada de Ferro Central do Brasil.

O GBC chegou a Guaiaúna, na periferia de São Paulo, e foi incorporado às tropas federais legalistas, ao lado da Força Pública de São Paulo. Depois de mais de 18 horas sem se alimentar, seus homens receberam parca ração de café e pão e partiram para o teatro de operações.

Em decorrência da ocupação da cidade de São Paulo, muitas famílias abandonaram seus lares e procuraram refúgio longe dos locais de combate, enfrentando uma série de dificuldades. Diante de um grande número de idosos, mulheres e crianças pedindo alimentos, os integrantes do GBC dividiram quase toda a ração de pão e leite que possuíam, demonstrando um grande espírito de solidariedade e de amor ao próximo.

1925

Em 22 de outubro de 1925, o coronel Claudino Nunes Pereira assumiu o Comando-Geral da Brigada Militar.

Em virtude da movimentação da Coluna Miguel Costa – Prestes, o Governo Federal solicitou apoio do Rio Grande do Sul para persegui-la. Por conseguinte, a Brigada Militar formou um destacamento que perseguiu a Coluna do Mato Grosso até Goiás. Mais tarde, foi organizado o Destacamento Travassos, com integrantes do 3º Batalhão de Infantaria, uma ala do 21º Corpo Auxiliar, um pelotão do Grupo de Metralhadoras e outro do 1º Regimento de Cavalaria, que partiu de Porto Alegre, por via marítima, com destino à capital maranhense, onde integraria as Forças em Operações do Norte da República. O destacamento embarcou para o Piauí e, posteriormente, para o Ceará. Durante a perseguição, seus homens enfrentaram a escassez de animais de montaria e de carga, operando em uma zona completamente devastada pelos revolucionários que lhe tinham retirado todos os recursos, tornando muito difícil a travessia.

1929

O prédio do Quartel do Comando-Geral da Brigada Militar estava localizado na Rua dos Andradas, a mais antiga de Porto Alegre, em um terreno adquirido da Companhia Predial e Agrícola, pela Fazenda do Estado, em 1897. Porém, na década de 1920, o velho edifício já não atendia às necessidades da Corporação. Assim, em janeiro de 1927, foi iniciada a demolição do antigo prédio, com exceção da parte localizada na Rua Sete de Setembro, onde estava instalada a administração do 1º Batalhão de Infantaria (1º BI), para onde foram transferidos, provisoriamente, o Comando-Geral e suas repartições.

A construção do novo quartel do Comando-Geral, projetado pelo engenheiro Teophilo Borges de Barros, teve início no mesmo ano e foi concluída a 13 de maio de 1929.

1930

Em 30 de junho de 1930, um decreto estadual definiu a natureza dos serviços prestados pela Brigada Militar, quando em serviço de guarda e vigilância na Casa de Correção, Colônia Penal e Agrícola General Daltro Filho, Manicômio Judiciário Dr. Maurício Cardoso e cadeias civis do interior do Estado. Alguns dias depois, a Corporação recebeu a atribuição de executar o serviço de segurança interna da Casa de Correção, bem como a custódia dos detentos, enquanto houvesse superlotação daquele presídio. Ainda na década de 1950, a Brigada Militar mantinha oficiais e praças na administração de estabelecimentos penais.

Com o início da Revolução de 3 de outubro de 1930, simultaneamente, em vários pontos da República, a Brigada Militar recebeu a incumbência de conter os principais núcleos de resistência, em diversos pontos de Porto Alegre, enquanto a Escolta Presidencial foi mantida na segurança do Palácio do Governo.Em seguida, algumas unidades da Corporação participaram de pequenos combates na capital gaúcha, Livramento e Rio Grande; na garganta da Serra de Anitápolis e na estação Herval, em Santa Catarina; nas estações Afonso Camargo e Catiguá, no Paraná; e em Itararé, em São Paulo.

Oficias posando para foto

1º BI, pronto para embarcar para o RJ (1930)

Além disso, 552 homens do 1º Batalhão de Infantaria seguiram para o Rio de Janeiro a fim de cooperar com a manutenção da ordem, enquanto um esquadrão da Escolta Presidencial acompanhou a comitiva de Getúlio Vargas até a capital federal e, depois de sua posse, permaneceu fazendo a guarda do Palácio do Catete.

O movimento teve a duração de apenas 21 dias, culminando com a instalação de um governo provisório ditatorial, sob a direção de Getúlio Vargas, marcando o fim da política do café com leite, que alternava candidatos de São Paulo e Minas Gerais na presidência; o declínio das oligarquias estaduais; e o início da República Nova.

1932

Homens na trincheira

Revolução 1932 – 2º RC em SP

Após a Revolução de 1930, o governo provisório de Vargas suscitou uma insatisfação muito grande, principalmente no estado de São Paulo. Os paulistas esperavam a convocação de eleições, mas dois anos se passaram e o governo provisório se mantinha. Diante disso, os fazendeiros paulistas, que tinham perdido o poder e eram os mais insatisfeitos, deram início a uma forte oposição ao governo Vargas, com o apoio de estudantes universitários, comerciários e profissionais liberais.

Enquanto o movimento ganhava apoio popular, o governo provisório mobilizou aproximadamente 35 mil homens do Exército, Marinha, polícias militares e corpos provisórios. A Brigada Militar integrou a frente Sul, com 2.393 homens, ao lado das polícias de Santa Catarina e Paraná.

Comandante e tropa de pé, acompanham preparo de refeição

Ten Cel Apparício Borges, Cmt do 1º Btl de Infantaria acompanha o preparo da refeição para sua tropa, durante a Rev de 1932

Em São Paulo, as tropas da frente sul participaram do combate em Buri, onde o tenente-coronel Apparício Gonçalves Borges, comandante do 1º BI, tombou à frente de sua unidade. Quando o major Camillo Diogo Duarte assumiu interinamente o comando do batalhão, após a morte do tenente-coronel Apparício Borges, recebeu um documento do comandante da Vanguarda das For


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