Seu “sorriso nervoso” virou meme
Conheça a história do engenheiro eletricista que hoje viaja o mundo fazendo anúncios
O então engenheiro eletricista recebeu o convite de um fotógrafo, há dez anos, para participar de sessões de fotos que comporiam bancos de imagens. O fotógrafo tinha gostado de seu sorriso em suas fotos de viagem do Facebook. Arató gostou do convite e ao longo de dois anos posou para fotos em diferentes lugares de Budapeste, onde mora.
“Eu pensei que as imagens seriam usadas apenas por empresas e sites, não esperava os memes”, disse. “As pessoas usaram minha imagem porque parecia que eu estava sorrindo com a dor”.
Segundo ele, esse é seu sorriso de verdade. Com os memes, diversos jornalistas começaram a procurá-lo para entrevistas. Algumas pessoas o procuravam para descobrir se ele era real ou uma criação do Photoshop. “Uma pessoa até entrou em contato pedindo provas de que eu existia”.
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Ele não se incomodava com os memes, mas sim com os diversos perfis e páginas falsos que surgiram com o seu rosto. Para evitar o roubo da sua identidade, em 2017 ele criou sua própria página no Facebook onde posta vídeos e stories de suas viagens.
Ele conta que, no começo, sua esposa odiou todo aquele holofote, mas quando começaram a surgir ofertas de trabalho, tudo mudou. “Um site de futebol me levou para a Inglaterra para fazer um vídeo sobre o Manchester City. A banda de hard rock húngara Cloud 9+ tem uma música chamada Hide The Pain, comigo no vídeo. Sou o rosto de Totum, o cartão de desconto britânico administrado pela União Nacional dos Estudantes – eles me fizeram usar um chapéu de balde. Eu até dei uma palestra no TED”, disse.
“No ano passado, peguei 20 voos de Budapeste para destinos em todo o mundo: Europa, Rússia e, cada vez mais, América do Sul. No mês passado, viajei para o Chile e Colômbia para algumas aparições.
“Também estamos usando o meme para o bem. Queremos que seja mais do que apenas um sorriso triste. Sou o rosto de uma campanha para um serviço de saúde mental na Hungria”.
Aos 74 anos, ele passou quase 40 sendo engenheiro, fazendo algumas palestras e conferências, mas, segundo ele, nada comparado com agora.
“Mas na verdade não sou um cara triste – acho que sou um pouco feliz”, finaliza no artigo.