Rodovia estadual que corta Camaquã será privatizada
Governo anunciou que a rodovia ERS-350, que corta Arambaré, Camaquã, Chuvisca e Dom Feliciano será cedida à iniciativa privada
O governo federal confirmou aquilo que já se especulava sobre os próximos trechos de rodovias do Rio Grande do Sul que vão ganhar pedágios e que serão privatizadas. Um decreto publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (15), incluiu oficialmente uma série de estradas no país que passarão a integrar o Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) e o Programa Nacional de Desestatização (PND).
No Rio Grande do Sul, serão mais de 500 quilômetros de rodovias que serão repassados para a iniciativa privada. O trecho entre a ponte do Guaíba, em Porto Alegre; e a RS-350, em Camaquã
A RS-350 corta os municípios de Arambaré, Camaquã, Chuvisca, Dom Feliciano e Encruzilhada do Sul. O trecho tem a manutenção como responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), e sofre com o descaso do órgão.
Protestos na ERS-350, em Dom Feliciano. Foto: Internauta / Clic Camaquã
Ainda na BR-290, há um trecho de cem quilômetros entre o entroncamento da BR-116, em Eldorado do Sul até a BR-471, em Pântano Grande. Aliás, essa é a região exatamente onde hoje há contrato em andamento para duplicação da rodovia.
Estes dois pontos, inclusive, já estavam na relação nos últimos anos e deveriam ter sido lançados na concorrência vencida pela CCR ViaSul. Porém, a avaliação do governo Temer é que o pedágio ficaria muito elevado e, portanto, eles foram retirados do edital.
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O maior trecho, porém, envolve aproximadamente 300 quilômetros entre a BR-158, em Panambi, até a BR-392, em Santana da Boa Vista.
Rodovias de Santa Catarina também foram incluídas na relação e duas delas envolverão diretamente os interesses dos gaúchos: BR-470, entre Navegantes e a divisa com o Rio Grande do Sul; e a BR-153, do entroncamento com a BR-282 até a divisa com o estado gaúcho.
A União também confirmou as negociações envolvendo três aeroportos regionais: o de Pelotas, o de Uruguaiana e o de Bagé. Com isso, abre-se a possibilidade para realização de estudos que vão embasar as licitações para contratação das empresas que vão desenvolver os projetos e, posteriormente, a montagem do edital para execução dos próximos leilões.