Decisão da justiça beneficia supermercado de Camaquã
Supermercado Nacional é a única empresa do segmento de grande porte que abre neste feriado de Corpus Christ. O Dia, mesmo não sendo notificado pela justiça, optou por não abrir nesta quinta-feira (20)
Uma decisão da Vara do Trabalho de Camaquã que impede a abertura dos mercados e supermercados da cidade nos feriados de Corpus Christi e de São João Batista, está benefiando apenas uma empresa de grande porte do segmento.
O Supermercado Nacional é o único que está aberto nesta quinta, das 8h às 19h.
Juntamente com O Dia, que optou em não abrir nesta quinta, foram as duas únicas empresas do segmento que não foram notificadas pela justiça.
As demais empresas do ramo estão proibidas devido a decisão assinada pela juíza do trabalho titular, Adriana Moura Fontoura, como base a denúncia feita pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Camaquã. Segundo consta no documento, só é permitido que funcionários trabalhem no feriado quando há acordo autorizado em convenção coletiva de trabalho. A última convenção coletiva que faz referência ao trabalho em feriados expirou no dia 31 de maio de 2019. A multa para a empresa que descumprir a norma é de 10 salários normativos por dia de trabalho irregular no feriado em favor de cada empregado.
De acordo com a direção do Sindicato dos Comerciários de Camaquã, o Nacional não foi proibido pela justiça do trabalho e pode abrir neste feriado pois é a única empresa que está disposta a negociar a abertura dos supermercados aos domingos. “O Nacional não quer abrir domingo. Esta abrindo pois os demais supermercados estão abrindo aos domingos. É a única empresa do ramo que quer sentar com o sindicato e negociar os domingos. Abrir de acordo com o entendimento da nossa categoria. As demais empresas nem querem conversar”, afirmou por telefone a presidente do Sindicato dos Comerciários de Camaquã, Sandra Maura Sampaio Ribeiro.
Segundo os demais supermercadistas, na última terça-feira o sindicato quis receber os empresarios e negou a possiblidade de negociação com as empresas para alinhar os pedidos dos trabalhadores. Os empresários demonstram indignação pois, segundo eles, a determinação da justiça é desigual e prejudica as empresas camaquenses, já que apenas dois supermercados de fora da cidade foram beneficiados.