Reunião trata dos impactos na UFPel com o corte orçamentário
Evento organizado pelo Centro Acadêmico Ferreira Vianna teve uma apresentação de contas do reitor Pedro Curi Hallal sobre o impacto dos cortes orçamentários
Com transparência e mobilização a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) pretende reverter o corte orçamentário imposto pelo Ministério da Educação (Mec) no orçamento de 2019.
Na manhã desta segunda-feira, a exemplo disso foi a atividade no auditório da Faculdade de Direito, em evento organizado pelo Centro Acadêmico Ferreira Vianna, que lotou o espaço para ouvir da voz do reitor Pedro Curi Hallal o perigo iminente de fechar as portas da instituição sem os recursos para mantê-la. À tarde, uma assembleia geral entre estudantes, servidores e professores está marcada às 17h na antiga sede da AABB, na rua Alberto Rosa.
A apresentação do reitor parecia uma aula. A partir de dados apresentados num projetor, Pedro falava e dúvidas de professores e estudantes eram levantadas e respondidas em números, em fatos. Fato é, conforme o próprio reitor Pedro Hallal tem alertado desde o anúncio dos cortes, que a universidade pode não completar o ano com as portas abertas aos seus 20 mil estudantes. “E quem está para se formar neste ano, se forma?”, perguntou uma estudante.
Como resposta, o reitor afirmou: “Não sei como será a partir de setembro. A gente tem tido este cuidado de ter a honestidade intelectual e não temos como pagar as contas a partir de setembro”, sentenciou. Aos estudantes, Pedro pediu mobilização e união para, através de manifestações na rua, reverter o quadro que é de terror para a educação pública brasileira.
Em reunião com o ministro Abraham Weintraub na semana passada, o chefe da pasta afirmou ao reitor da UFPel que os cortes podem ser revistos, caso seja aprovada a Reforma da Previdência, o que tem sido considerada uma chantagem tanto pela reitoria da UFPel como pelos movimentos que tomaram as ruas do país na semana passada.