ClicTv: Para todos os tipos de mães e filhos
Para este dia das mães, confira depoimentos emocionantes de três camaquenses: Uma mãe adotiva, uma mãe que enfrentou a leucemia com o filho e um filho que perdeu a mãe
Em homenagem ao dia das mães, o Clic Camaquã selecionou três histórias envolvendo a figura materna. Os protagonistas são: Sônia Affeldt, mãe adotiva, Rose Onazar, mãe que enfrentou a leucemia no filho de dois anos e Elias Bielaski, que perdeu a mãe para um câncer. Abaixo da matéria você confere o vídeo com os depoimentos.
Sônia Affeldt:
Sônia sempre sonhou em ser mãe, mas nunca se imaginou grávida. Planejava ter muitos filhos, todos adotados. Em 1995, deu entrada no primeiro pedido de adoção que, entre burocracia e espera, demorou 2 anos para ser concretizado. Guilherme foi o primeiro a chegar na família, com 15 dias de vida. Quando ele tinha 5 anos, o casal deu entrada no segundo pedido de adoção. Juliana chegou com 5 dias de vida para completar a felicidade.
Hoje, ele tem 22 anos e ela 16. Souberam, desde sempre, que são “filhos que foram gerados pelo coração”, como afirma a mãe Sônia. Muito unidos, nunca enfrentaram preconceitos. “Filhos adotivos são muito esperados, porque eles nunca são frutos de um descuido ou algo do tipo, são completamente desejados” disse ela.
Atualmente ele mora em Porto Alegre, onde cursa Fisioterapia. Ela, está concluindo a escola para também ir em busca do curso superior. Quando questionada sobre a saudade, a mãe respondeu “Criamos os filhos para o mundo”.
Sônia deixa um conselho: adote. Mesmo que seja um processo demorado, vale a pena. “É uma responsabilidade e um amor para o resto da vida. É normal, natural, não tem nada de diferente nisso”.
Rose Onazar:
Aos 2 anos de Pietro, Rose descobriu que o filho tinha leucemia. Tudo começou com uma febre que não melhorava, depois surgiram manchas e rapidamente ele já não conseguia nem mesmo caminhar. Após exames, a frase que mudou o rumo de toda a sua vida: “Mãe, o seu filho tem leucemia”.
A partir daí, a rotina de tratamentos e quimioterapias durou quase 5 anos. Complicações fizeram a criança parar na UTI, mas Rose nunca perdia a esperança. “Me agarrei na minha fé, era tudo que eu tinha” conta ela. Ele não se alimentava e chegou a perder 7 quilos. A doença deixava sequelas e Pietro também já não conseguia mais caminhar.
Após 5 anos de tratamento, viagens e exames, o diagnóstico: curado. Mesmo com todas as complicações ele poderia voltar a ter uma vida normal. Aos poucos foi voltando a andar, ir à escola e iniciar uma vida social. Hoje, ainda acumula traumas, tem pesadelos e medo da aproximação de algumas pessoas, mas aos poucos e com a ajuda dos pais e da irmã, está aprendendo a viver com a história.
Para Rose, ser mãe é lutar “Eu lutei sempre pelo meu filho. A minha força vem deles. Me encontrei quando me tornei mãe”.
Elias Bielaski:
Há dois anos, Elias enfrentou a pior batalha da sua vida. Tudo começou com uma mancha na perna da sua mãe, que aparentemente não representava nenhum problema, até começar a sangrar. Após consulta médica e exames, descobriu que se tratava de um câncer de pele que evoluiu para um tumor. Fez uma operação cirúrgica e conseguiu retirar o tumor.
Um ano depois, o câncer voltou, dessa vez mais agressivo: no pulmão. Dessa vez, o tumor era inoperável, não havia o que fazer. Começaram as quimioterapias e radioterapias. Durante esse tempo, Elias morava em Santa Catarina e não conseguia vir com tanta frequência.
“Nunca imaginei que ela pudesse morrer. Não pensei em nenhum momento que fosse perder ela” afirma ele. Três meses após o início das quimioterapias o câncer já havia se espalhado por todo o pulmão. Segundo o médico, não havia mais nada a ser feito.
Na última visita de Elias para a mãe, ela já estava debilitada e mal conseguia conversar, mas não deixou de tentar tranquiliza-lo e dizer que era só um dia ruim, que ela ia se recuperar. Mas pediu que acima de tudo, ele cuidasse da irmã Julia. Foi quando caiu a ficha
Duas semanas depois, ele recebeu a ligação da tia contando que ela havia falecido. “Nenhum filho nunca está preparado para perder a mãe. É uma relação insubstituível”.
Emocionado, Elias conta que o que o conforta é saber que valorizou cada segundo ao lado dela. Hoje a saudade o faz ser mais forte. Feliz e realizado, afirma que a mãe estaria feliz por ele “A felicidade dela era me ver feliz, tenho certeza que esse seria o melhor presente de dia das mães. Sei que vamos nos encontrar de novo”.
Confira o vídeo com os depoimentos:
