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Chico Diabo, o Camaquense que matou um Ditador Paraguaio

José Francisco Lacerda, conhecido como Chico Diabo, foi um militar famoso por ter matado o ditador paraguaio Francisco Solano López


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 15/04/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Após grande repercussão das duas matérias sobre a história de Camaquã em alusão ao aniversário da cidade que acontece na próxima sexta-feira (19), hoje contaremos a história de um personagem pouco difundido em nossa cultura mas famoso entre militares e entusiastas do assunto.

José Francisco Lacerda, vulgo “Chico Diabo”, nasceu em Camaquã, Rio Grande do Sul, no ano de 1848 e morreu em Cerro Largo, RS, no ano de 1893. Foi um cabo do Exército Brasileiro que lutou na Guerra do Paraguai e ficou famoso por ter matado o ditador paraguaio Francisco Solano López, na batalha de Cerro Corá, ocorrida em 1º de março de 1870.

Chico nasceu numa família de poucos recursos e, ainda menino, empregou-se na carniçaria de propriedade de um italiano, em São Lourenço do Sul, município vizinho à Camaquã, sua terra natal. Nessa carniçaria fabricava produtos como charque, linguiça e salame.

Em 1863, quando contava apenas 15 anos, Chico descuidou-se da vigilância e um cão entrou no recinto onde estava guardada a carne, devorando alguns pedaços. Ao tomar conhecimento do ocorrido pelo próprio Chico, o italiano passou a agredi-lo.

O menino tomou de uma faca usada no seu trabalho e matou seu patrão. De imediato, fugiu a pé para a casa de seus pais, onde chegou na manhã do dia seguinte, portanto caminhando um dia e uma noite sem parar para descanso.

Ao ver um vulto, ao longe, a mãe de Chico exclamou: “Garanto que é aquele diabinho que vem vindo”. Por causa desta frase, ganhou o apelido de “Chico Diabo” que o acompanharia pelo resto da vida.

Com medo de lincharem o filho, a família o manda para viver com o tio em Bagé (e quem mora no Sul sabe que Bagé é um bom lugar para se mandar gente que não quer ser encontrada), e dois anos após isso, um destacamento dos “Voluntários da Pátria” passa pelo lugar e o Chico resolve ir junto logo sendo promovido a cabo.

 

Chico Diabo, terceiro, em pé, da esquerda para a direita
 e Zacarias Pacheco, o corneteiro.

O feito de Chico Diabo foi tema de ilustração
em revista publicada na época.

(Foto: Semana Illustrada, nº 485, 27/03/1870) 

“Emparelha com ele (Solano Lopez) José Francisco Lacerda, cabo de ordens de Joca Tavares, mais conhecido como Chico Diabo, e logo atrás o clarim Zacarias Pacheco, sem tirar o metal da boca, tocando avançar-carga sem parar um instante. Era um entusiasta de seu instrumento musical de guerra, e talvez quisesse destacar sua utilidade neste momento decisivo… Chico Diabo estende a lança contra o Presidente, este a desvia com a espada. A velocidade e árvores no percurso perturbam-lhe a defesa.

O segundo lançaço, mais violento, não pôde ser esgrimido com a espada, mais curta e mais leve. Manejada com destreza, a arma terrível penetra-lhe abaixo do fígado, perfura suas entranhas, lá deixando, inexorável, os germens da morte. Solano López sente a dor precursora de seu fim! Firma-se no lombilho, apertando os joelhos contra o corpo do Mandiú para não ser derrubado, e dá uma estocada de espada no brasileiro como resposta e tamanha ousadia.

O aço puro, menos longo do que a firme haste da lança, não alcança seu algoz, e o golpe desperdiça-se no espaço. Aproxima-se a todo galope do Marechal acuado o capitão provisório João Pedro Nunes pela esquerda, de espada erguida. O Presidente do Paraguai poderia nessa hora entregar-se; achava-se gravemente ferido, merecia ser tratado imediatamente pelos médicos.

Repeliu a hipótese. Voltejando a espada dum lado para outro como que se resguardando de imprevisíveis golpes, perdendo sangue e urina através do atroz ferimento, ele é ainda o Marechal-Presidente do Paraguai soberano. Como um cavaleiro da Távola deposita sua fé em sua Excalibur. Sempre o mesmo clássico da guerra…”

 Pós-Batalha

 

Após o ferimento, dois oficiais paraguaios ainda tentam ajudá-lo a atravessar o rio Aquibadã, mas, pela falta de sangue, ele ficou no chão, onde cercado e foram dadas ordens de se render. Na segunda tentativa de fazer o ditador se entregar, o General Câmara mandou desarmar o Ditador, mas depois de resistência, esse foi alvejado nas costas por João Tavares (o coronel da tropa de Chico Diabo). No chão, o Ditador teve uma orelha arrancada, a ponta de um dedo, e sua mandíbula destruída por um terceiro soldado, que recolheu seus dentes.

 

 

O Túmulo de Solano Lopez foi cavado por Madame Lynch, que usou uma lança para cavá-lo, e teve ajuda apenas da filha menor. Atualmente, o corpo se encontra no “Panteão dos Heróis”, em Assunção.



 

Dom Pedro II não autorizou que Chico Diabo recebesse a medalha por bravura em combate. Chico Diabo recebeu 100 vacas como recompensa, e de espólio pegou a adaga do Ditador feita de prata e ouro, que, por coincidência, tinha as mesmas iniciais dele “FL” (Francisco Lacerda-Francisco Lopes), sua lança se encontra no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. 

 

Casou-se com sua Prima, e viveu como capataz até morrer no Uruguai a serviço de seu ex-Coronel. Para levar o corpo de volta ao Brasil, sua esposa/prima contratou um bandido uruguaio para contrabandear o corpo, Chico Diabo foi sepultado no cemitério da Guarda, esquecido até que, em 2002, ser reencontrado e receber uma lápide nova pelo Instituto do Patrimônio Histórico. 

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