A vitória de Abner consolida o nome de Ivo no imaginário dos camaquenses; oposição não terá vida fácil
O resultado das urnas neste domingo (6) em Camaquã mostrou que a gestão Ivo, no poder desde janeiro de 2017, é aprovada por 63% dos eleitores camaquense. A vitória de seu sucessor foi garantida antes mesmo do encerramento das apurações e depois concluída com 22.111 votos.
No entanto, a eleição de Abner Dillmann e Luciano Cabeça, apoiados por Ivo, pode significar ainda mais do que uma simples aprovação dos governos do PSDB. A coligação derrotou uma união entre PP e PDT, os dois maiores partidos de oposição que se uniram após anos de rivalidade histórica.
O PP foi oposição do PDT nos anos 90 e o PDT foi oposição do PP no início deste século, mas em 2016 surgiu este novo personagem que alterou os rumos da política camaquense. Gostando ou não, Ivo de Lima Ferreira tornou-se relevante para a história do município e tem seu nome gravado no imaginário da população.
Em entrevista ao Clic Camaquã, o atual prefeito afirmou que a oposição “vai levar 20 anos pra ganhar uma eleição”. Além da aprovação de seu sucessor nas urnas, a coligação aliada ao governo também elegeu 10 vereadores. A oposição de fato terá muito trabalho se quiser tirar do poder um governo que é cada vez mais consolidado. Será preciso trabalhar a popularidade de algum representante com certa antecedência.
A antiga aliança de PP e MDB, por exemplo, ficou 16 anos na prefeitura, com Machado e Molon, até ser desbancada em 2016. Antes disso, o PDT ficou 12 anos, alternando entre José Cândido e Hermes Rocha.
De 1° de janeiro de 2025 até 31 de dezembro de 2028 o prefeito é Abner, mas e o que fará um nome de peso como Ivo pelos próximos anos? Será secretário? Será candidato a deputado em 2026?
O certo é que, contra os números não se pode brigar, e Ivo deixará o comando da prefeitura em alta.
Pablo Bierhals | chefe de redação do Clic Camaquã | contato @ cliccamaqua.com.br