GUERRA DAS DROGAS – Atraso Histórico
“O atraso na independência do País em relação à América do Norte; o tipo de colonização entre religiosos e degredados; o combate à máfia interna e a guerra entre quadrilhas é um preço interno muito caro”.
Temos um atraso histórico em relação aos EEUU para atingirmos o “status” de País do 1º Mundo. Lá eles se libertaram da Inglaterra em 1776; aqui nos o fizemos de Portugal em 1822. Esses quase 50 anos nos custam caro. Ainda, a colonização da norte América foi com religiosos que fugiam de perseguição pelo anglicanismo. Aqui a colonização inicial foi com degredados. Perdemos pelo tempo e pelo tipo de pessoas.
O que aconteceu no Rio de Janeiro na semana passadas na favela do Jacarezinho ocorria na 1ª metade do século passado (XX) nos Estados Unidos. Traficantes, contrabandistas, estelionatários com drogas e armamentos formam gangues que hoje guerreiam entre si no Brasil.
A Presidência nacional da OAB alega que ocorreu uma “chacina”. Acho que foi uma “faxina”, como disse meu Ilustre Colega e amigo, Dr. Gilmar Pinheiro. As quadrilhas de tráfico estão tomando conta do Brasil. Disputam território; invadem condomínios; seus chefes andam esnobando em carros e casas de alto luxo enquanto evadidos. Isso tem de acabar. Mas somente vai terminar com a reação policial eficiente. Exatamente como foi feito nos Estados Unidos.
Exemplifico com Nova Iorque: o Prefeito Rudolph Giuliani montou uma polícia eficiente, em sintonia com a Promotoria Pública e reagiu com dureza; sem tréguas. A criminalidade daquela grande cidade reduziu-se a proporções aceitáveis. Método eficaz. Com esse tipo de gente não se pode ter calma e nem se preocupar com direitos humanos. Pois eles não agem assim.
Nas décadas de 1920 a 40, ainda nos EEUU o famigerado bandido “Al Caponne” que descendente de sicilianos copiou os métodos da “máfia” chegou a dominar Chicago, com drogas, contrabando de bebidas (na época proibida naquele País) e outros crimes. Sua quadrilha foi dizimada pela Polícia, e ele foi preso em Alcatraz. Saiu somente após cumprir a pena.
Desta forma, a reação do Poder Público tem de ser rápida, eficiente e dura para conseguir cortar o braço do crime. Caso contrário a criminalidade esquece a polícia e começa a fazer suas próprias regras.
Em verdade isso que nos acontece agora, já aconteceu antes em Países mais desenvolvidos como o citado. Na época em que lá aconteceu nós vivíamos mais tranqüilos. O Brasil menos desenvolvido pelo atraso histórico de nossos movimentos políticos e sociais, também não tinha criminalidade daquele nível. Que agora chegou. E precisa ser reprimida.
Então surge outro problema. A repressão brasileira esbarra em uma legislação arcaica, amena, com excesso de direitos aos processados e punições brandas. Também isso é efeito do atraso histórico. Precisamos evoluir. Acabar com excesso de direitos e impor mais respeito.
EDIÇÃO DE 12 de maio de 2021.___.