Sandman

“Que obra absurda!“
O fato de eu ser um nerdola me assusta de vez em quando, me coloco em algumas situações no mínimo inusitadas… Acordar 2h antes do habitual, para poder assistir os primeiros episódios de Sandman que saíram durante a madrugada de quinta para sexta(senão me engano), sim eu faço isso.. antes dos compromissos confesso que havia assistido os dois primeiros, além de ter concluído toda a primeira temporada antes do fim do final de semana terminar. Sandman juntamente com The Boys, Anéis do Poder e House of Dragons, são as séries na qual eu mais depositei expectativas no ano e até o momento, não tendo nada do que me queixar. Para deixar claro, eu sabia que Ozark, Better Call Saul! e Peaky Blinders seriam perfeitas, mesmo sendo a última temporada de todas elas, eu sabia que o resultado seria bom.
Sandman é uma das obras mais famosas e conhecidas de escritor Neil Gaiman, autor de “Deuses Americanos”. Fiquei esperançoso quando vi que ele fazia parte da produção de Sandman, e a Netflix é mais “liberal” dando autonomia para adaptação das suas produções. As primeiras críticas sobre a série eram absurdamente boas, na qual falavam ser melhor que as hq’s originais, a aparência, figurino, trabalho de voz e atuação de todos os atores foram muito bem, mas falando do protagonista em si, morpheus não é fiel aos quadrinhos, mas é parecido, a questão física tem diferenças, principalmente se tratando do cabelo, e os olhos, que na hq são mais característicos, cabelos longos e os olhos pretos, além do formato de estrela, mas em nada isso atrapalha, o trabalho de expressões de Tom Sturridge é absurdo. Para os mais encucados o fato do Desejo ser “não binário” e a morte ser negra talvez possa causar estranheza, mas gostei da forma como foi adaptado.
O protagonista Sandman/Morpheus/Sonho/Senhor dos sonhos, escolha o pseudônimo que quiseres é um dos perpétuos juntamente com: A morte, Desejo, Destruição, Desespero, Destino, e Delírio, os perpétuos ou sem fim, são um grupo de seres que personificam aspectos do universo, eles existem desde o início dos tempos.

Logo no começo da série Morpheus é capturado por um ser humano, que tinha a intenção de “prender” a morte, buscando ter de volta a vida do seu filho, que acabou falecendo, esse ser humano não tinha ideia dos problemas que essa ação iria acarretar, o sonho acabou sendo preso por várias décadas, ocasionando desequilíbrio e devastando o seu reino, afetando o mundo desperto (mundo dos vivos). Após conseguir escapar o sonhos busca ter de volta o total acesso aos seus poderes e restaurar o seu reino. Assim inicia a sua jornada sendo necessário revisitar e tratar com alguns velhos inimigos e alguns amigos, indo de Lúcifer, a sua irmã morte, além de lidar com pesadelos que se rebelaram e hoje vivem no mundo desperto, causando muitos problemas, por exemplo Coríntio, tanto o ator quanto o trabalho de figurino merecem palmas, a adaptação ficou extremamente fiel.
Sandman é uma das melhores séries do ano, uma obra poética e bastante sutil, que não abusou dos efeitos visuais, poderia ter se escorado nisso, porém trabalhou muito mais o roteiro e o seus ótimos atores, dando importância e profundidade para todos os personagens, independente do tempo de tela.
Observação: Não gostei da Johanna Constantine, porém li que a mudança, o fato de não usarem o John Constante se deu pelo motivo dele estar em outros projetos da DC/Warner como a Liga da Justiça Sombria!
“Sandman vale muito a pena, aproveitem essa belíssima adaptação disponível na Netflix!“