Homem Aranha: Sem Volta Para Casa


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 24/12/2021
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Irei informar quando tiver spoilers, fiquem tranquilos!

Confesso que precisei ver o filme duas vezes para ter uma conclusão mais precisa, porém ao sair do cinema pela primeira vez, tive a sensação de ter assistido um dos melhores, quiçá o melhor filme do nosso amigo aranha, tamanha satisfação que fiquei com o fim dessa trilogia. O Homem Aranha é o meu herói preferido da Marvel, desde sempre, e está no meu top 3 super heróis favoritos junto com Batman e Wolverine, e fiquei feliz de ver a essência daquele personagem em quadrinhos sendo transportado para a tela de cinema, e finalmente Tom Holland teve um filme para chamar de seu. 

O filme é dirigido por Jon Watts, o pai desta trilogia, o elenco conta com Tom Holland(Homem Aranha), Zendaya(M.J), Benedict Cumberbatch(Dr. Estranho), Marisa Tomei(May Parker, vulgo Tia May), J.K. Simmons(J.J Thompson), Jamie Foxx(Electro), Alfred Molina (Dr. Otto Octavius / Doutor Octopus), Jon Favreau (Happy Hogan), Willem Dafoe (Norman Osborn / Duende Verde), Jacob Batalon (Ned Leeds).

A cena de abertura é literalmente a sequência dos acontecimentos de Homem Aranha: Longe de casa, onde o Mysterio, vilão daquele filme, revela a identidade secreta do herói, tornando Peter Parker a pessoa mais famosa em todo mundo, mudando a sua e a vida de todos a sua volta de maneira drástica. Após ver todos a sua volta serem prejudicados, Peter recorre ao mago supremo, Dr. Estranho, para tentar “consertar” as coisas, apagando a memória das pessoas, para que todos esqueçam a identidade do homem aranha. Todavia, o feitiço não sai como planejado e ao invés disso todos que conhecem, sabem que o Peter Parker é o homem aranha são puxados para esse universo. 

O ponto de partida é uma bobagem feita por um adolescente, sim, o Peter ainda é um adolescente, prestes a entrar na universidade, e mesmo já tendo salvado o universo, o Peter sempre teve um norte, uma voz da razão, por mais polêmica que ela fosse. Um dos meus medos com relação ao filme era com esse papel de mentor, que acabou por deixar o Homem Aranha como coadjuvante mesmo nos seus filmes solos, e o homem aranha por si só já é gigantesco, não precisa do um “pai” para ter um filme sólido. Todavia, finalmente o Peter desafia essa figura paterna, o que não aconteceu em “Homem Aranha De volta ao Lar” com Tony Stark e nem em “Homem aranha Longe de Casa” com Mysterio, quando o Dr. Estranho toma a sua decisão sobre como arrumar o feitiço, Peter o enfrenta, pois é da índole do herói ajudar os outros e é isso que ele se propõe nesse filme, a jornada do Peter finalmente acontece, e a Tia May é extremamente importante para que o processo ocorra, da mesma forma como o tio Ben foi nos filmes antigos.  

Um pequeno contexto, os vilões das antigas franquias são enviados para esse universo e todos “chegam” minutos antes de terem os seus momentos finais, enfrentando os seus respectivos homens aranha, seja o da primeira trilogia, casos de: Duende Verde, Dr. Octopus e Homem de Areia; ou do Espetacular homem Aranha: Electro e Lagarto. Com isso, ao voltarem para o seu universo de origem, os mesmos teriam o mesmo destino, porém o Peter quer “curá-los” antes de retornarem para sua realidade.  Diante disso é preciso falar sobre Alfred Molina e Willian Defoe, o universo de heróis geralmente peca no quesito atuação, o roteiro dos filmes fogem da questão emocional, e quando alguns atores se destacam é algo abismal e nesse filme tanto como Norman/Duende Verde e Doutor Octopus, roubam a cena, os dois atores são incríveis e conseguem entregar toda emoção e loucura presente nos seus personagens, a dualidade vivida por cada um e seus conflitos internos.

No início do texto eu falei que iria avisar sobre Spoilers, mas não acho importante falar sobre, até par evitar que a experiência do leitor ao assistir o filme, tentarei resumir, sem me aprofundar muito.

A Marvel precisa amadurecer um pouco, não estou falando em tornar tudo mais sombrio nem nada, mas sobre deixar que seus personagens sofram um pouco, que eles passem pelo luto de uma maneira mais íntima e verdadeira, o fato de não querer deixar o espectador desconfortável, faz com que sempre tenha uma piadinha, uma brincadeira após algo pesado acontecer. Senti que trabalharam isso de uma maneira melhor nesse filme, não vou comentar sobre o fan service, pois o mesmo está ali para nós fãs, literalmente nos agradar, e foi importante os diálogos, as brincadeiras, mas talvez não na hora certa. Tom Holland entrega uma das suas melhores atuações, quando está feliz, confuso, vingativo ou mesmo em luto, temos diante de nós uma onda esmagadora de sentimentos que faz “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” nos levar do riso as lágrimas, uma prova da grandeza e do carisma que esse personagem tem sobre nós. 


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