Reforma Agrária no Banhado do Colégio completa 59 anos
Na ClicRádio, vereador João Pedro Grill (PSB) falou sobre os 59 anos da distribuição fundiária realizada pelo governador Leonel Brizola em 1962
Na manhã desta quarta-feira, 30 de junho, o programa Bom Dia Camaquã recebeu João Pedro Grill, vereador pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Além da polêmica do Plano Diretor e dos últimos destaques da Câmara, o vereador utilizou o espaço oferecido pela ClicRádio para relembrar os 59 anos da Reforma Agrária no Banhado do Colégio, em Camaquã.
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Na década de 60, o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, criou o Instituto Gaúcho de Reforma Agrária, um órgão do governo do Rio Grande do Sul voltado a solucionar o problema da terra no estado.
Entre as medidas adotadas pelo Instituto se contam a demarcação do Banhado do Colégio, em Camaquã, para assentamento de agricultores, e o estímulo aos abaixo-assinados para concessão de outros lotes, segundo a legislação vigente que previa este recurso.
O Banhado do Colégio era uma fazenda pertencente a Florisbelo de Oliveira Netto e sua família. A área de banhado foi seca e transformada em terra produtiva para o cultivo de arroz irrigado, agricultura predominante à época.
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Por se tratar de um banhado, o acúmulo de húmus era muito grande, favorecendo as safras recorde na rizicultura gaúcha. Leonel Brizola fez a sua reforma agrária em terras produtivas – contrariando todos os aspectos relativos a esse tipo de reforma.
No dia 22 de janeiro de 1962, foi realizada uma assembleia onde hoje está o cruzamento da avenida Presidente Vargas com a rua Bento Gonçalves. Dali, os membros partiram para uma área da localidade, onde foi posta uma cruz e rezada uma missa.
No dia 30 de janeiro do mesmo ano, Brizola desapropriou 19.106 hectares de terra até então infértil, que ainda naquele ano, seria transformada em terra própria para o cultivo do arroz. A área era pública e de propriedade do Estado, que apoiou a causa e cedeu às terras para a ação de Brizola.
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No dia 27 de junho de 1962, o governador esteve no local e distribuiu 134 colônias. Logo depois disso, o Governo construiu a Cooperativa, uma escola e realizou obras necessárias para que as famílias pudessem viver no local.
Durante a entrevista, o vereador utilizou como texto-base um trecho do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do professor Élio Copes, em seu artigo final na faculdade de Licenciatura em História. Ele citou a importância do movimento:
“A gente vê o quanto a luta da geração dos nossos avós foi importante. A vive de acordo com essas conquistas que foram feitas durante a década de 1960”
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Confira a entrevista completa:
