Psicólogas falam sobre o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio
Nesta sexta-feira (20), o programa Manhã Show da ClicRádio recebeu as psicólogas Jaqueline da Maia e Maria Inês Evangelista para falarem sobre o assunto
O dia 10 de setembro, oficialmente é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, tendo na Campanha do Setembro Amarelo, criada em 2014, a intenção de prevenir e reduzir os números de suicídios no país. Nesta sexta-feira, o programa Manhã Show da ClicRádio, recebeu as psicólogas Jaqueline da Maia e Maria Inês Evangelista para falarem sobre o assunto.
Inicialmente, a psicóloga Maria Inês, ressaltou sobre a importância e os cuidados que a sociedade precisa ter com essa questão, sendo enfática nas consequências que ela pode trazer.
“É importante que a sociedade compreenda que a depressão é uma doença, que não é frescura, que não é uma bobagem. Essa doença é grave e pode levar à morte”, disse ela.
Maria Inês também alertou sobre o preconceito que alguns profissionais exercem sobre a doença mental, motivando as pessoas a procurarem profissionais de outra área, deixando de lado os que são adequados para lidar com a doença.
“Muitos profissionais têm preconceito em relação à doença, fazendo com que algumas pessoas procurem ajuda em profissionais de outra área para serem medicadas”, falou a psicóloga.
Elas também mostraram muita preocupação em relação ao crescimento da doença em crianças. A psicóloga Jaqueline da Maia, frisou que ainda existe falta de preparação e informação para o profissional da saúde lidar com a doença.
“Existe muita falta de preparação, de informação, onde o próprio profissional da saúde não é preparado para lidar com essa demanda”, ressaltou ela.
Durante a entrevista, as psicólogas disseram que a Depressão não uma questão de família, onde algumas pessoas ainda acreditam que o educar bem, possa ser o causador ou não, pois em alguns casos, a doença pode nascer com a pessoa.
Confira a entrevista na íntegra:
Saiba mais sobre a campanha do Setembro Amarelo
A campanha do Setembro Amarelo tem o objetivo de prevenir e reduzir os números de suicídio no país. O maior desafio do Setembro Amarelo é conscientizar a sociedade em geral que problemas como a depressão, que estão diretamente associados ao suicídio, é uma doença e deve ser tratada como tal e não como uma “bobeira ou falta do que fazer”.
Durante muito tempo o suicídio foi considerado um grande pecado, isso devido a crenças religiosas, morais ou culturais. Isso pode estar associado com a dificuldade que as pessoas sentem em falar abertamente sobre o assunto, o medo ou vergonha de serem julgados.
De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em setembro de 2019, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo. Mais de 800 mil pessoas acabam com a própria vida ao ano. No Brasil, foram registrados 13.467 casos de suicídio, dos quais 10.203 foram cometidos por homens.
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Ainda de acordo com o relatório da OMS, as principais formas de suicídio foram através de enforcamento, seguida por envenenamento e o uso de armas de fogo. A OMS, acredita que restringir o acesso destes meios a possíveis suicidas é uma das possibilidades para reduzir o número de casos.
A organização também recomendou que familiares e amigos fiquem atentos para identificar possíveis sinais de um ato de suicídio e comecem imediatamente o acompanhamento da vítima em situação de risco. Além disso, o documento ressalta a importância da criação de programas que ofereçam ajuda a pessoas que passam por problemas na vida, isso demonstra a importância da campanha Setembro Amarelo.
Estar presente, demonstrar interesse e carinho aos familiares é uma das maneiras de identificar e prevenir problemas de depressão. Sinais como mudanças de comportamento, reclusão e até alterações no sono e apetite, podem ser sinais de depressão. Participar do processo de cura do familiar também é extremamente importante, além é claro de contar com a ajuda de especialistas da área da saúde mental.