“Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia”, afirma Fiocruz sobre Manaus
Ministro Pazuello convocou reunião de emergência após oxigênio acabar em hospitais de Manaus; médicos utilizam próprios carros para transportar cilindros
Uma cena que ganhou as redes sociais chamou a atenção de milhares de brasileiras na tarde desta quinta-feira, 14 de janeiro. Hospitais de Manuas, capital do Amazonas, ficaram sem cilindros de oxigênio. Desde o começo da semana, relatos são de colapso no sistema de saúde após novo aumento de mortes e internações por agravamento da Covid-19.
“Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia. Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais permanentes”, disse o pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz-Amazônia
A principal empresa que fornece o insumo informou, na semana passada, que está com dificuldades de produção. De acodo com o G1, o Governo do Estado está recebendo oxigênio de outros estados em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, convocou uma reunião de emergência após oxigênio acabar nos hospitais da capital manauara. A Fiocruz aponta que a situação é grave e diz que os leitos de UTI se tornaram verdadeiras “câmaras de asfixia”.
De acordo com o Correio Braziliense, crescem rumores no Planalto sobre a demissão do ministro caso a situação não seja revertida.
No Twitter, a tag “OXIGÊNIO PARA MANAUS” ganhou a força de influenciadores, atores e jogadores de futebol durante o dia. O principal relato é o de Solange Batista, que tem uma irmã internada no Hospital Universitário Getúlio Vargas:
“Hoje nos foi comunicado que não tem oxigênio. A saturação dela [irmã de Solange Batista] está em quase 60%. E não é só ela. Vários pacientes estão na mesma situação. Isso é um descaso. Um descaso. Descaso. Dentro de um hospital federal como esse não ter oxigênio? Eu ter que comprar? Espero que as autoridades, o governo, alguém possa nos ajudar”.
Ainda de acordo com o G1, a irmã seria transferida para a a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), nesta quinta-feira (14), mas não conseguiu pela falta do insumo