Vice-presidente da Afubra visita Rádio Camaquense e Meridional
Marco Dornelles falou sobre trabalho infantil e segurança dos produtores de tabaco.
O vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marco Dornelles, participou nesta manhã de quinta-feira (30), do programa Ligação Direta da Rádio Camaquense. Mais tarde, ele visitou os estúdios da Meridional FM.
Para ambas as emissoras, Marco Dornelles falou sobre o trabalho infantil nas propriedades rurais e sobre segurança dos produtores de tabaco. Ele salientou sobre as obrigações do produtor de fumo: “ todos nós temos obrigações, como pessoas e empresas. Para o setor do tabaco não é diferente: os compromissos e responsabilidades começam já na propriedade. O produtor, em alguns casos, pode se questionar sobre a importância dessas obrigações, mas em muitos casos elas existem para a própria proteção” disse ele.
Ocorre nesta semana no estado, o 7º Ciclo de Conscientização sobre saúde e segurança do produtor e proteção da criança e do adolescente, promovido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) em parceria com empresas associadas e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
O 7º Ciclo de Conscientização atende aos termos dos acordos firmados perante o MPT-RS e MPT-Brasília, e faz parte das ações de responsabilidade social que o setor de tabaco desempenha há muitos anos, envolvendo produtores de tabaco. Em seis edições, o Ciclo de Conscientização reuniu mais de 15 mil pessoas, em 38 municípios da Região Sul do País. A agenda no Rio Grande do Sul encerra nesta quinta-feira, 30 de julho, com evento em Barão do Triunfo.
Recomendações para a saúde e segurança do produtor:
• Somente utilizar agrotóxicos registrados, de acordo com a receita agronômica;
• Manter o pulverizador em perfeitas condições de uso e sem vazamentos;
• Durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos, sempre utilizar o EPI;
• Não permitir a aplicação de agrotóxicos por menores de 18 anos, idosos e gestantes;
• Armazenar os agrotóxicos em armário feito de material resistente, chaveado e destinado somente para esse fim, com acesso restrito a trabalhadores orientados a manuseá-los;
• Não reutilizar embalagens vazias de agrotóxicos para qualquer fim;
• Realizar a tríplice lavagem da embalagem vazia de agrotóxico, utilizando o EPI;
• Sinalizar áreas récem-tratadas com agrotóxicos com placa específica para este fim;
• Usar sempre luvas impermeáveis e vestimenta específica para a colheita;
• Evitar colher o tabaco quando as folhas estiverem molhadas pela chuva ou orvalho;
• Dar preferência aos horários menos quentes do dia para a colheita do tabaco.
Proteção da Criança e Adolescente:
Seguindo recomendações da OIT, o Brasil regulamentou por meio do decreto 6481/2008 duas convenções internacionais, colocando o tabaco na lista de formas de trabalho proibidas para menores de 18 anos. Para combater o trabalho infantil nas lavouras de tabaco, o setor recomenda:
• Não utilizar mão-de-obra de crianças e adolescentes menores de 18 anos no cultivo do tabaco (plantio, pulverização, colheita, secagem e comercialização);
• Crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos com ensino fundamental incompleto devem frequentar regularmente a escola, em turno e contra-turno (nas localidades onde houver);
• O produtor deve entregar à empresa com a qual mantiver contrato de compra e venda de tabaco o atestado de matrícula e de frequência escolar.