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Mais de 350 crianças e adolescentes têm depressão em Camaquã

Conforme levantamento feito pelo CAICA, mais de 70 pacientes da entidade estão em estágio avançado da doença


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 25/04/2018
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta depressão como a segunda doença que mais mata no mundo todo. Conforme a entidade, o Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência da psicopatologia no país.

O alerta acendeu em 2017, devido ao grande número de crianças e adolescentes depressivos. O estopim foi o jogo “Baleia Azul”, em que um “moderador” propunha desafios de automutilação que poderiam levar o “jogador” à morte.

A preocupação se instalou em Camaquã, pois o número de pacientes depressivos na infância e adolescência é alarmante. Segundo levantamento feito pelo Centro de Atendimento Integral à Criança e Adolescente (CAICA), 35,4% dos pacientes da entidade são depressivos. Os dados foram colhidos durante o projeto “CAICA na escola”, de janeiro a dezembro de 2017.

Por mês, o CAICA atende mil crianças e adolescentes com idades entre quatro e 17 anos. Destes pacientes, 354 são depressivos. Segundo o centro de atendimento, as faixas etárias em que a doença é mais registrada são dos sete aos 16 anos.

Conforme a coordenadora do CAICA, Fátima Silveira, existe um grupo de risco com 72 crianças e adolescentes em situação de emergência. Fátima relata que alguns destes pacientes precisaram de internação. “Foram realizadas nove solicitações à Central de Leitos do Estado no ano passado. Os hospitais que dispõem de ala psiquiátrica na pediatria são o Clínicas e o São Pedro”, acrescenta Fátima.

Os centros médicos monitoram constantemente e enviam informações atualizadas dos pacientes para o CAICA. Fátima afirma que as crianças e adolescentes seguem recebendo apoio da entidade: “Os acompanhamentos psicológicos geralmente duram seis meses. Após este tempo existe uma pausa. O paciente retorna ao tratamento caso haja uma nova crise.”, explica.

Segundo Fátima, há pacientes que fazem terapia há cerca de dois anos. Além de atendimento psicológico, o CAICA também presta auxílio nas áreas de fonoaudiologia, pedagogia, assistência social e orientação escolar.

 

Fatores que desencadeiam a depressão na infância e adolescência

Segundo a psicóloga e professora da rede pública de ensino, Clarissa Meroni de Souza, os casos de depressão e automutilação – principalmente na adolescência – são cada vez mais registrados nas escolas. Clarissa afirma que o primeiro sinal de que o aluno pode estar se mutilando é usar sempre roupas de mangas compridas.

A especialista afirma que é mais complexo diagnosticar a depressão na infância e adolescência, mas que existem fatores que influenciam no desenvolvimento da doença. Conforme Clarissa, a depressão é uma enfermidade que afeta os âmbitos “biopsicossocial” em qualquer idade.

 

– Biológico: Quando os neurotransmissores do cérebro não circulam como deveriam. Eles são responsáveis pelo transporte de substâncias químicas fundamentais para o corpo humano. Entre os principais neurotransmissores estão a Serotonina, que regula sono e humor e a Dopamina, que proporciona sensações de prazer e recompensa. Devido à deficiência de substâncias como estas, o depressivo apresenta alterações no sono (dorme pouco ou demais) e alimentação (não tem apetite ou come em demasia). Neste caso, a doença pode ter sido herdada geneticamente e o especialista precisa avaliar o histórico familiar do paciente.

 

– Psicológico: São traumas da infância ou recentes, processos de luto ou divórcio e até dificuldade em administrar fracassos em determinados projetos. Os sentimentos e emoções ficam confusos e comprometem a interação do paciente com o social.

 

– Social: Neste setor, o depressivo apresenta comportamento recluso, introvertido e experimenta sensação de inadequação em qualquer meio de convivência. A pessoa acaba por procurar o isolamento.

 

O diagnóstico

Clarissa explica que a complexidade do diagnóstico da depressão na infância e adolescência está em questões naturais, como a formação da personalidade. “Crianças ainda não têm ego formado. Já os adolescentes estão em processo de formação, além de ser uma fase onde eles estão com hormônios à flor da pele, o que torna “normal” as constantes mudanças de humor”.

Porém a especialista alerta para comportamentos a serem observados. “A criança pode ter tendência à timidez, mas muitas vezes o isolamento é exagerado. Trocar brincadeiras e contato com outras crianças por exclusão não é normal. O mesmo vale para adolescentes, eles formam sua personalidade através dos grupos, precisam do contato social”, completa.

Outro fator que precisa ser analisado é a atenção os filhos. Para Clarissa, a era digital influencia diretamente nos casos de depressão em crianças e adolescentes. “Muitos pais não têm tempo para seus filhos. Compram celulares, computadores, jogos e acreditam que isso vá suprir a falta de carinho que seus filhos sentem. Um simples “como foi seu dia?”, “você está bem?”, “quer conversar?” faz toda diferença.”, acrescenta.

 

O tratamento

Para Clarissa, todo caso precisa ser avaliado com atenção por um profissional. A psicóloga afirma que, além do uso convencional de remédios, existem outros métodos que colaboram no tratamento da doença: “O acompanhamento psicológico deve ocorrer em todos os casos, pois é a partir dele que temos o diagnóstico. Mas também podemos usufruir da terapia floral e aplicação de Reiki, que colaboram com o bem-estar do paciente”, explica.

A profissional também dá dicas para manter a depressão longe: “alimentação saudável, boa qualidade de sono, prática de exercícios físicos e contato social, seja em brincadeiras e passeios, auxiliam crianças e jovens a manterem a saúde mental em dia. Acredito que as famílias precisam ter pelo menos uma hora de interação, sem celulares ou qualquer aparelho eletrônico. Carinho, atenção e calor humano são coisas simples, mas que estão em falta hoje em dia e podem evitar muitos problemas”, finaliza.


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